A Cultura do desenvolvimento, do emprego e da boa gestão de recursos (IN Pombal)

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Numa época em que o desemprego assume um dos mais altos valores conhecidos e se torna, definitivamente, num dos grandes flagelos sociais da actualidade, a prioridade das políticas deve, objectivamente ser, a criação de emprego e o investimento público deve ser, também ele, sensível a esta necessidade. Mais do que nunca, a sociedade exige que o dinheiro público seja aplicado em investimentos reprodutivos, que possam contribuir para melhorar efectivamente as condições de vida das pessoas e garantir que têm condições para viver na sua terra.
Neste contexto, quando o Presidente da Câmara Municipal de Pombal desafiou a sociedade civil e em particular, os jovens, a apresentar as suas propostas para a utilização da Casa dos Varela, a JSD não podia, naturalmente, deixar de apresentar uma proposta que honrasse a história deste espaço – a proposta IN Pombal.
Mas nesta proposta entendemos que não deve ser apenas a Casa dos Varela a ter uma nova vida. A utilização de espaços públicos, nomeadamente, os espaços históricos podem servir de forma a responder às necessidades actuais, representando também, um exemplo de boa gestão dos recursos existentes e sensibilizando simultaneamente, os mais jovens para a importância de preservar e valorizar o património histórico.
Assim, entendemos que também o Celeiro do Marquês deve ser colocado novamente ao serviço da comunidade, colmatando também algumas das necessidades sentidas não apenas pelos mais jovens, mas por toda a sociedade. Se é verdade que Pombal tem hoje um conjunto notável de infra-estruturas dedicadas à cultura, também é verdade que carece ainda de um espaço polivalente de médio-porte, que possa servir para promover os mais diversos eventos culturais e lúdicos (com uma maior cadência). Trata-se de reaproveitar um espaço que já teve um papel importante no panorama cultural do nosso concelho e de lhe devolver a importância e relevância que teve.
Assim a JSD propõem que a Casa dos Varela sirva de abrigo a um novo conceito integrado da exploração do mesmo espaço. Propõe-se que seja criado um espaço de Co-working no seu piso intermédio, um gabinete de apoio ao emprego e ao empreendedor no primeiro piso e por fim, que se permita a instalação de um Hostel no piso superior do edifício. Assim, pretende dar-se uma outra dinâmica a este edifício histórico, pondo-o ao serviço do desenvolvimento económico e do fomento de novas oportunidades. De uma forma diferenciadora e atractiva, não só para os que já cá estão e cá vivem, mas para todos aqueles que se possam sentir interessados em vir para Pombal.
Mas não nos ficamos por aqui. Acreditamos que a juntar à parte mais económica deve sempre existir uma componente cultural e lúdica. Assim propomos que o Celeiro do Marquês faça jus à sua designação de Centro Cultural e que passe a ser de facto um centro de actividades por excelência. Para isso é necessário que, à semelhança do que acontecia no passado e com enorme sucesso, a sala superior do celeiro possa servir como espaço utilizável para os mais variados eventos culturais e/ou recreativos. Que possa também ser alargada a sua utilização e permitido o ensaio de bandas amadoras, aqui onde podem encontrar as melhores condições e preparar até os seus espectáculos. Mas deve ser também disponibilizada a antiga Casa do Despacho para que volte a ser a sala de estudo com horário alargado tão necessária e que comporte o espaço internet que outrora também já comportou com enorme sucesso.
A JSD de Pombal define, deste modo, aquilo que para nós deve ser a aposta para o futuro do nosso concelho e, neste caso, para o futuro da nossa cidade. Uma ideia de Pombal como um centro integrado e mais empreendedor, com uma oferta cultural completa, muito mais dinâmica e consistente.
Consideramos também que o aproveitamento dos espaços emblemáticos e com maior potencial da nossa cidade devem ser alvo de uma visão estratégica e integrada no seu conceito de crescimento e desenvolvimento. Apostando em áreas chave e potenciando o que de melhor cada espaço pode oferecer a Pombal e aos pombalenses.

Pedro Brilhante