Faça chuva ou faça sol, não há motivo para faltar a mais uma edição do Bodo das Castanhas. O certame, organizado pela Junta de Freguesia de Vermoil, conta com uma área coberta de 1400 metros quadrados, o que permite usufruir de toda a programação, mesmo que o S. Pedro resolva dar ‘um ar da sua graça’.
A edição deste ano do Bodo das Castanhas repete a fórmula de sucesso de anos anteriores: tasquinhas, feira de frutos secos, artesanato, música e animação, com a particularidade de, este ano, o trânsito estar cortado “em frente à tenda”, na sexta e no sábado à noite. A medida pretende garantir segurança de quem ali circula, mas também atrair mais visitantes às tendas. “Se houver à-vontade para andar na rua, há também mais vontade de fazer compras” no exterior, explica o presidente de Junta, Daniel Ferreira, expectante de que o acréscimo de movimento motive futuramente a presença de mais feirantes naquela zona. “Habitualmente não ficam ali à noite – excepto dois ou três – e a nossa intenção era que isso começasse a mudar”, nota o autarca.
Dentro da tenda, também não há mudanças significativas, ainda que a organização tenha procurado corrigir algumas situações. “O que vamos melhorar são situações operacionais que verificámos que não correram tão bem”, o que passa, por exemplo, por “ter mais casas de banho e mais sinalização”, revela Daniel Ferreira.
O espaço será repartido entre os expositores e as habituais três tasquinhas, dinamizadas, este ano, pela Sociedade Filarmónica Vermoilense, o Atlético Clube de Vermoil e a Associação Desportiva da Ranha (em conjunto com a União Pombal). Para quem não dispensa as castanhas assadas, o melhor é passar pela Associação de Amigos e Vizinhos dos Matos da Ranha, que assumirá a dinamização daquela tasquinha.
E ainda que os frutos secos seja os protagonistas da festa, a verdade é que a gastronomia é um dos principais cartões-de-visita do certame. Basta olhar para os números mais recentes: em 2023, foram servidas mais de 3.000 refeições e assados entre 300 a 400 quilos de castanhas.
O aumento significativo da área da tenda trouxe não apenas mais conforto aos visitantes, mesmo em dias de chuva, mas veio sobretudo valorizar os expositores e a própria animação. “Antes tínhamos uma tenda que estava um pouco apertada para o número de visitantes que recebíamos”, pelo que “as pessoas vinham às tasquinhas, comiam e iam-se embora. Agora, almoçam ou jantam e mantêm-se por lá”, nota Daniel Ferreira.
Para tirar partido destas condições, a Junta de Freguesia introduziu algumas novidades no alinhamento habitual dos espectáculos. No que toca a cabeças-de-cartaz, a artista Micaela é a grande aposta do último dia, mas o autarca chama a atenção para a actuação conjunta do grupo Uxu Kalhos e da Filarmónica Vermoilense (sábado). “Vão estar todos em palco e acho que vai ser algo marcante”, afirma Daniel Ferreira, que aponta ainda outros momentos importantes. “Vamos ter uma escola de samba no domingo à tarde; um rancho na sexta-feira à noite, porque muitas vezes os ranchos passam no domingo à tarde para ninguém e é preciso mudar isso; um grupo de castanholas, no domingo ao final da tarde; e uma escola de sevilhanas no domingo, antes da Micaela”. A tudo isto, há ainda a possibilidade de se juntar um touro mecânico para animar o recinto, mas à data do fecho desta edição a organização ainda não sabia se era possível. “A ideia é criarmos algum entretenimento lá dentro, que não passe apenas por assistir a espectáculos”, esclarece o presidente de Junta.
3000
Em 2023 foram servidas mais de 3.000 refeições e foram assadas entre 300 a 400 quilos de castanhas.
9.500
O Bodo das Castanhas conta com um apoio do Município de 9.500 euros.
*Notícia desenvolvida na edição impressa
