O cheiro dos livros por estrear, o apelo das linhas por preencher dos cadernos novos, a animação de reencontrar os colegas, retomar as brincadeiras no recreio e aprender coisas novas. O regresso às aulas não é apenas sinónimo de voltar à escola. Para a maioria, significa também retomar as actividades extra-curriculares ou encontrar uma nova forma de preencher os tempos livres. O Pombal Jornal falou com a coordenadora clínica da Caminhos, Teresa Mendes, no sentido de perceber qual a importância destas ocupações para o desenvolvimento e formação dos mais jovens e de deixar algumas dicas para os pais. Além disso, deixamos sugestões para preencher os tempos livres dos mais novos, investindo na sua formação.
Na opinião da psicóloga, as actividades extra-curriculares são “uma oportunidade para as crianças se expressarem de modo diferente do que fazem na escola, assumindo novos papéis, novas responsabilidades, novos protagonismos, novas admirações”. Teresa Mendes defende que “para uma criança que revele problemas de aprendizagem ou de relacionamento no grupo escolar, seja por ter um comportamento difícil ou por ser mais introvertida”, a integração numa equipa desportiva ou num grupo musical “pode ser uma alavanca importante para a sua auto-estima”. “Ver-se como um elemento importante desse grupo, valorizado por colegas e treinadores” contribui para a criação de “uma atitude mais positiva em relação a si e aos outros”. Por outro lado, são meios para “fortalecer a autonomia das crianças e o sentido de pertença a novos grupos, ao permitirem o contacto com novos colegas, novos professores, novos contextos, com todo o convívio e as amizades que daí podem resultar e que são bagagem de memórias tão significativa para a vida”, declara.
Ocupar os tempos livres de uma forma positiva, “em que são desafiadas a objectivos específicos”, tais como aprender uma coreografia ou a sequência de acordes de uma música de que tanto gostam, é uma boa decisão, portanto.
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