A água tem vindo a ganhar cada vez mais espaço nas economias das famílias, das empresas e nas várias economias ao nível mundial, dado que houve aumento de preço significativo, principalmente com o Covid 19 e com a Guerra na Ucrânia. Ou seja, é cada vez mais considerada um bem económico, cada vez mais caro e precioso.
Por outro lado, de acordo com as Nações Unidas, um português consome em média por dia 187 litros de água por dia, e para suprir as nossas necessidades diárias, precisamos de 110 litros de água por dia. É na verdade, um consumo diário exagerado, por milhões de pessoas do nosso país, e por isso, no próximo dia 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água, aproveitando o momento, para repensarmos melhor a reutilização, redução e aproveitamento no dia-a-dia.
E como se sabe, existem também vários benefícios de saúde no consumo de água. Avoluma-se a evidência científica sobre a importância do consumo de água no funcionamento saudável do organismo, na prevenção de doenças crónicas e no combate à obesidade. Partilho os dados de um estudo muito interessante, proveniente de uma amostra representativa da população norte-americana adulta de 18 311 pessoas observadas entre 2005–2012, que revela que as pessoas que consomem maiores quantidades de água diariamente,
• Ingerem em média menos energia;
• Consomem menos calorias a partir de bebidas com açúcar;
• Menos gordura total e saturada,
• Menos açúcar,
• Menos sal e colesterol.
Estes efeitos parecem ser semelhantes independentemente da raça/etnia, nível de educação, nível de rendimento e peso corporal. São conclusões muito interessantes!
Para além disso a água, hidrata, ajuda a promover o bom funcionamento de todos os órgãos, do cérebro, transporta nutrientes e medicamentos, elimina substâncias tóxicas, ajuda a formar músculo, deixa a pele radiante e saudável, evita a celulite e ajuda a melhorar a performance laboral, entre outras funções.
As recomendações em Portugal, do Instituto de Hidratação e Saúde, são de 1.5 (mulheres) a 2 litros de água (homens) por dia. No entanto, fatores como peso, género e nível de atividade física podem afetar as necessidades hídricas.
Os grupos com maior risco de desidratação são as crianças, as grávidas e os idosos.
Em termos práticos, no dia-a-dia, existem algumas “barreiras” , que por vezes levam as pessoas a beber menos água do que o recomendado, por não sentirem sede ou esquecem-se ou não gostarem de água. Uma forma simples, é optar por uma bebida que gostem, como por exemplo de chá ou água aromatizada (a temperatura, tem influência) e colocar num local visível, de forma que seja de fácil acesso e deste modo, estará a criar um ambiente mais propício à aquisição de um novo hábito.
Beba água pela sua saúde!
Escrito por:
António Cordeiro
Nutricionista
CP: 0728N