“Alegadamente… a mente largada…”

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Untitled-1 Fernando Daniel Carolino
fdcarolino@gmail.com

 

“A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação ensina-nos a não aceitar as coi­sas como estão; a coragem, a mudá-las”. – Agostinho de Hipona

Vamos então por partes. Dividir esta opinião em duas. A primeira coloca os Antónios todos num mesmo saco, a coragem. A segunda enfrenta a ascensão e queda d’ um quiosque, a indignação. Quanto aos Antonios deixar ex­presso que se escreve sobre um de Pombal, ex-verea­dor que antes de ser já o foi (um desistente), um outro António, o Costa que antes de ser (o esquecido) deseja estar (como o presente) e finalmente o último dos An­tónios que deseja ser, procura estar e nem por sombra nem por dúvidas está a conseguir uma coisa ou outra.

António, de Pombal, após desistir por razões pessoais de uma demanda política local, lê-mos opinião funda­mentada sobre isto e sobre aquilo. É certamente mais aprazível expressar divergências e criticas veladas numa publicação que assumir as mesmas em sede de confrontação e, tal como no passado dizer que sim ou que não, de forma livre e superior, com coragem neces­sária. Faz lembrar que motivos nos levam a assumir tri­lhos para os quais não estamos talhados. Assim talvez até fosse bonito ler opinião formada mais sobre o que vai no que se apoiou ou apoia do que verter ladainha sobre facção diferente da nossa. António e companhia, penso eu de que será mais a vossa hora de avaliar o vosso terreno e de uma vez por todas limpar o vosso quintal e não se preocuparem em limpar o mundo in­teiro.

Dos meus camaradas, Costa e Seguro, somente pro­curo entender o que os leva a “demandar sarna para coçar” em tempos que a união interna devia ser uma verdadeira e sincera meta a atingir. Se Costa falhou em tempo de oportunidade para se abalançar a ser dirigen­te máximo neste país, Seguro por seu lado demonstrou uma leviandade em mostrar que se não está agarrado ao poder, por perto, anda por lá. Dia 28 de Setembro vamos ter resultados e depois as questões da ordem. Afinal quem é que manda em quem? Se Costa vencer em que posição estará Seguro? Se pelo contrário for Seguro a vencer que local deverá tomar Costa? Quem vence, quem perde é pouco importante, para mim, o mais importante como cidadão e eleitor é o que se pode e deve exigir saber de uma alternativa a ser apresen­tada ao país, pelo PS, para se poder derrotar em sede eleitoral o actual estado de coisas.

Sobre o quiosque, a indignação, pois sendo tema de conversa será também motivo de apreciação em As­sembleia Municipal, e desejo expressar a minha opinião sobre o tema. Em desacordo com a obra desde a pri­meira hora. Em acordo com a sua demolição. Contudo pelo meio há quantas questões que eu gostava de ver explicadas. A primeira, sobre o arquitecto responsável pelo projecto. Não entendeu ele que aquilo era uma obra agressiva ao enquadramento urbano ali existen­te? Não entendeu, ele, que o impacto psicológico de tal era nefasto ao erigir tal volumetria? Não entendeu que o Instituto do Património não permitia tal assomo de criatividade junto a património classificado? Bem, posto isto, a segunda face da moeda, como foi possível avan­çar com a obra? Quem é o verdadeiro responsável pelo “mamarracho” que debutou em centro do Cardal? Da minha visão do problema só encontro um. O do costu­me. O Presidente de Câmara à data da aprovação da obra. A ele acresce o colégio de edis que compunham a anterior vereação. Agora foi abaixo e por ordem de quem e a mando de quem? Foi efectivamente o actual edil ou alguém que lhe “soprou” que vinha aí borrasca da grossa? Se foi sopro ainda bem que se arrepiou ca­minho se não foi e foi de “meter mão na consciência”, quais as razões que levaram em tempos idos o tal co­légio de vereadores a votar favoravelmente o erguer de tão nefasto e dispendioso edifício? Com o tempo se vai saber das respostas e quem sabe lá se não já breve­mente.

Vai por si, caro leitor.