A Biblioteca Municipal de Pombal recebe, até ao dia 12 de Novembro, uma exposição especial. Intitulada de LigArte, une uma comunidade artística, que foi desafiada a criar algo inspirado no projecto Almofadas do Coração, ao Grupo de Voluntariado Comunitário de Pombal da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC). A inauguração decorreu no passado dia 21, na presença de alguns dos artistas que contribuíram com trabalhos para esta mostra.
Natália Martins, do grupo de voluntariado LPCC, explicou que o desafio foi lançado aos artistas e mostrou-se agradada com o facto de ter extrapolado o concelho de Pombal. “Somos conhecidos pelas almofadas do coração e, por isso, o repto foi que se inspirassem no coração para produzir a sua arte”, explicou, acrescentando que o objectivo é o de “homenagear o doente oncológico”. As peças que estão expostas na Biblioteca podem ser adquiridas, sendo a receita entregue, na íntegra, à LPCC.
Com o mês de Outubro a caminhar para o fim, e com ele a iniciativa Outubro Rosa que visa alertar para a prevenção do cancro da mama, o grupo de voluntariado comunitário de Pombal já prepara o Novembro Azul, cujo objectivo é chamar a atenção para a prevenção do cancro da próstata. “O cancro da próstata é um assunto que ainda não é tão desmistificado como o cancro da mama”, afirma Natália Martins. Entre as acções previstas para Novembro estão iniciativas antes do início de jogos de futebol no concelho, um dia de actividade física dedicada ao padel (dia 18) ou o desafio para que os homens deixem crescer o bigode, associando-se ao movimento internacional Movember.
Quanto ao projecto das almofadas do coração, no dia em que a exposição foi inaugurada foram entregues à LPCC mais 50 destas almofadas para serem entregues a mulheres no período pós-operatório. O grupo de voluntariado continua a pedir à comunidade que doe camisas em algodão para continuar a produzir, principalmente, destas almofadas que ajudam a minimizar o sofrimento das mulheres mastectomizadas. O tecido que sobra é aproveitado para, por exemplo, fazer sacos para drenos ou para que artistas criem novas obras. O que não se consegue aproveitar é entregue a uma empresa de reciclagem, com o intuito de se alcançar o desperdício zero.