Kateryna vive há quase um ano separada do marido, por culpa da guerra na Ucrânia. A mais de 4.000km de distância da família, a professora de pole dance encontrou em Pombal a segurança necessária para ter o segundo filho, uma bebé agora com seis meses e que o pai só conhece pelas fotografias e videochamadas. Enquanto não há condições para se voltarem a reunir, as novas tecnologias ajudam a atenuar as saudades.
A 13 de Março de 2022, Kateryna Ivanchuk aterrou em Portugal, fugida do conflito na Ucrânia, juntamente com muitos conterrâneos. Grávida e com um filho pequeno – Miroslav, de oito anos – rumou a Pombal com um grupo de ucranianos. Em terras do Marquês, a professora de pole dance foi acolhida temporariamente por um casal amigo (ela ucraniana, há muito aqui radicada, e ele pombalense), até se mudar para um alojamento disponibilizado pela Câmara Municipal e partilhado com outra família.
No país onde nasceu há 31 anos, Kateryna deixou o marido, treinador de futebol, de 33 anos, que as circunstâncias da guerra impedem de se juntar à mulher e aos filhos, ainda que a actividade profissional o tenha salvaguardado, até agora, de ser chamado para a frente de combate.
Pombal passou a ser o lar de uma família incompleta, mas a que a chegada da pequena Polyna, nascida em Coimbra a 2 de Agosto do ano passado, veio trazer um novo alento.
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