CARTAS POMBALINAS | Ano novo, novas realizações

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Pedro Pimpão

O início de um novo ano é sempre uma altura propícia à formulação de novos objetivos e à renovação de expectativas. Para trás fica um ano agridoce, um ano em que tomei uma das decisões mais importantes no âmbito do exercício dos meus direitos/deveres de cidadania e um ano em que vi, ouvi e senti uma tragédia humana que jamais esquecerei.
Num rápido olhar sobre 2017 há dois acontecimentos que relevam do ponto de vista coletivo. Por um lado, temos as eleições autárquicas que este ano tiveram uma maior participação e novos pontos de interesse. Por outro lado, ficam-nos cravados na memória os incêndios que ocorreram na nossa região e que tiveram consequências trágicas.
Comecemos pelas autárquicas. As eleições autárquicas são aquelas onde existe um maior grau de identificação entre os eleitos e os eleitores, daí que seja interessante ver a expressiva confiança que as pessoas depositam em alguns projetos e que deve ser encarada pelos seus protagonistas como um acréscimo de responsabilidade.
No caso concreto da nossa freguesia, realce para o facto da abstenção ter diminuído 10%, demonstrando que as pessoas tiveram mais interesse nos diversos projetos, daí que, aproveite este espaço para cumprimentar todos aqueles que participaram neste sufrágio e que, com o seu envolvimento, contribuíram para cativar o interesse de um maior numero de concidadãos. Contudo, os dados da abstenção ainda se mantêm muito elevados, daí que recaia sobre todos os eleitos, no poder ou na oposição, a responsabilidade de dar o exemplo, que passa pelo respeito pelos compromissos e programas eleitorais, assim como, pela atitude positiva e construtiva em prol da comunidade e do desenvolvimento do nosso território.
Para além das autárquicas, 2017 ficará marcado para a história pelos incêndios que assolaram a região e que causaram várias dezenas de vitimas mortais.
Tendo acompanhado de perto todo o desenrolar desta situação, realço a impreparação aliada à incapacidade de fazermos face a estes terríveis acontecimentos. Contudo, não posso deixar de salientar a extraordinária onda de solidariedade que rapidamente se alastrou a todo o país e que teve, na nossa terra, um dos seus principais epicentros. São situações como esta, de gravidade extrema, que evidenciam a enorme alma da nossa população.
Quanto a 2018, é efetivamente um ano especial, do ponto de vista pessoal, porque tenho a enorme honra de poder servir a minha terra natal numa função da maior responsabilidade e que considero ser muito entusiasmante. Nesse sentido, são várias as iniciativas no campo social, cultural e desportivo que teremos a oportunidade de ir partilhando com o objetivo de promover o bem-estar das pessoas, até porque, faço questão que o desenvolvimento dos diversos projetos seja feito em parceria com as nossas instituições e envolvendo a própria comunidade.
Do ponto de vista coletivo, sabendo que 2018 é o penúltimo ano desta legislatura, será interessante acompanhar a evolução do distanciamento dos parceiros de governo, assim como, avaliar como se irá afirmar a nova liderança do maior partido da oposição.
Quanto ao resto (e haverá tanta coisa para escrever), combinamos encontro periódico nestas páginas para irmos acompanhado as novidades que o novo ano nos trará.

Um forte abraço amigo,
Pedro Pimpão
pedropimpao@gmail.com

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Pedro Pimpão é natural de Pombal, tem 36 anos, é casado e tem dois filhos. É advogado de profissão e actualmente desempenha as funções de deputado à Assembleia da República, tendo sido eleito pelo círculo eleitoral de Leiria. É Presidente da Assembleia de Freguesia de Pombal, membro da Assembleia Municipal de Pombal e membro da Assembleia Intermunicipal da Região de Leiria. É licenciado em Direito pela Universidade Coimbra, contando com Pós-Graduações em Direito Administrativo, Gestão Autárquica, Direito dos Contratos Públicos e Direito Municipal Comparado Lusófono. É Mestrando em Ciência Política pelo ISCSP – Universidade de Lisboa.