António Sintra é recandidato à presidência do Sporting Clube de Pombal, encabeçando a lista “Continuar o Rumo Certo”. O actual dirigente, que concorre a um terceiro mandato, diz que o trabalho da actual equipa “não está terminado”, uma vez que “foi interrompido por razões alheias à nossa circunstância”, referindo-se, em particular, à covid-19. Transtornos que “colocaram as actividades em suspenso “, que obrigaram a um recomeço com “bases novas” e que “só na última época” foi possível estabilizar. Por outro lado, “Também os compromissos de regularização das dívidas herdadas do passado ainda não estão concluídas”, pelo que “queremos manter o Sporting Clube de Pombal a “Continuar no Rumo Certo”.
António Sintra considera que “o trabalho que requer continuidade está a alcançar resultados promissores, fruto de escolhas bem-sucedidas e muita perseverança”, nomeadamente, a constituição de “um grupo de atletas e técnicos, em vários escalões, que asseguram anos de muita esperança e excelentes resultados para o crescimento do clube”.
Sobre o trabalho que ainda não está concluído, o candidato destaca “a restruturação financeira que está em curso”, assim como “a progressiva reimplantação do Sporting de Pombal na sociedade pombalense, local e regional. Esse trabalho tem de ser finalizado nos próximos anos”, nota. O mesmo se poderá dizer ao nível das infra-estruturas. “Lamentamos continuar a trabalhar com algumas infra-estruturas em estado pouco funcional. Apresentámos, em devido tempo, uma ideia e demos-lhe seguimento com um projecto concreto de remodelação de balneários e implantação de um novo bar, na estrutura da bancada, com toda uma nova configuração, de forma a potenciar melhores vendas e fruição do espaço”, explica. Contudo, “não sendo proprietários desta infra-estrutura, a sequência do processo já não nos incumbe. Estamos cientes que se trata de uma preocupação do próprio município e de que este acarinhará rapidamente as nossas ideias”.
Sobre a equipa sénior, o candidato diz que a equipa que lidera, caso ganhe, vai “continuar a promover, à semelhança dos anos anteriores, o ingresso de jovens jogadores juniores na equipa sénior, captar na região os atletas que mais se destacarem e dar a toda essa equipa as condições para uma ambição maior”. O programa da lista encabeçada por António Sintra pretende também “restruturar este departamento no seu funcionamento, apetrechando-o com maiores e melhores recursos técnicos e humanos de forma a alcançar outros objectivos, nomeadamente a subida de divisão aos escalões nacionais”, revelando já estarem “garantidas as condições financeiras necessárias à sustentação desta ambição”.
Relativamente ao futebol de formação, “iremos ter duas coordenações”, uma para o futebol de 3, 5 e 7 anos e outra para o futebol de 11, avança. A equipa do actual presidente do clube tem ainda prevista a contratação de um secretário técnico para, diariamente, “enquadrar todo o tipo de necessidades e respostas que uma formação de qualidade exige” e pugnar para que “todos os treinadores de formação” continuem a estar “devidamente habilitados com curso de treinador”. Entre os objectivos está ainda a renovação do parque automóvel do clube, o pedido de cobertura do espaço entre o bar e o auditório de Flandes, assim como a cobertura da área de estacionamento dos veículos naquele campo e a realização de parcerias com diversas instituições na área da saúde e educação “para acompanhamento personalizado de todos os atletas de formação”.
A lista candidata assume que irá “continuar a defender ideia que deve ser criada na Freguesia Pombal uma infra-estrutura/academia, com diversos campos de futebol, onde todos os atletas, de todos os clubes, possam desenvolver a sua formação futebolística de forma adequada e sustentada”.
Questionado sobre a criação de uma SAD, defendida por alguns sócios, António Sintra considera essa opção “um risco brutal”, afirmando que, neste momento, “roça o aventureirismo mais ingénuo. E até é matéria movediça e irresponsável, que se arrisca a devolver o clube a uma irrelevância como ele ainda nunca conheceu. Os exemplos que temos para clubes comparáveis à realidade do Sporting de Pombal são mais que elucidativos. Não há um caso de sucesso a nível da região. Pelo contrário, abundam exemplos de fracasso”. O candidato assume que “não queremos um clube com donos, que se calhar nem sabem apontar onde fica Pombal no mapa de Portugal. E também não queremos um clube dirigido a partir de ‘fora’”, argumenta. “O nosso compromisso, perante os sócios, é preservar a identidade, centenária, do Sporting de Pombal. Quem pretender sufragar outro caminho que, no futuro, saiba estar à altura das consequências”.