Apesar de ser a primeira vez que a Conferências de São Vicente de Paulo e a Câmara Municipal de Pombal asseguram o seu funcionamento, o Banco de Livros, para troca de manuais escolares usados, já existe há quatro anos na cidade. Durante três anos esteve a cargo de um movimento de voluntários.
Conceição Anastácio, uma das responsáveis pelo Banco, refere que a procura “tem sido bastante boa” para além de “ter vindo a aumentar”. O Banco do Livro está a funcionar até 16 de Setembro numa das salas da Central de Camionagem, entre as 17 e as 19 horas.
“Como banco que somos, recebemos e damos, pelo que se não recebermos não podemos dar”, refere aquela responsável, procurando sensibilizar as pessoas que tenham manuais escolares usados em casa que os entreguem para que possam ser cedidos a outras famílias.
Segundo Conceição Anastácio, no ano passado, o movimento voluntário que tinha a seu cargo aquele posto de troca, cedeu uma quantidade de livros escolares correspondente a “dez vezes o salário mínimo nacional”. “Qualquer pessoa poderá recorrer ao Banco, bastando para tal entregar os manuais do ano escolar, levando os que necessita, desde que existam disponíveis”, refere aquela voluntária, acrescentando que, caso não existam manuais para entrega, ficará registado o pedido. “À medida que surjam, vamos satisfazendo os pedidos”, frisa.
Uma das dificuldades sentidas prende-se com a mudança dos manuais escolares adoptados pelas várias escolas do concelho. “Todos os anos mudam os livros”, afirma Conceição Anastácio, adiantando que os manuais antigos, que não serão utilizados, têm sido entregues a uma família carenciada que os vende, obtendo, desta forma, alguma ajuda económica.
Por outro lado, a voluntária sublinha que o Banco do Livro “atende à necessidade económica das pessoas”, mas também “à necessidade ecológica”, uma vez que a “reutilização do livro garante uma melhor sustentabilidade ambiental”.
Já segundo a Câmara Municipal de Pombal, aquela iniciativa “tem permitido às famílias de Pombal economizar com os manuais escolares dos seus educandos, através de um sistema de partilha, que resulta no empréstimo dos manuais, que com a devolução dos livros que já não são necessários, permite às famílias o empréstimo dos manuais do ano lectivo seguinte”.
Orlando Cardoso
Notícia publicada na Edição n.º 88, de 18 de Agosto