O Treino Cardio ou Treino Cardiovascular define-se por ser todo o exercício que aumente a frequência cardíaca e cujo objectivo será o de adquirir resistência física através do fortalecimento cardiovascular.
Ao se praticar qualquer treino cardio, o corpo irá receber inúmeros benefícios, como por exemplo o fortalecimento do sistema cardio-respiratório, o aumento da resistência física em geral, a perda de peso, a ajuda na prevenção de doenças do coração e do sistema respiratório, a eliminação do mau colesterol, o aumento da imunidade em geral e o alivio do stress.
No ginásio, os aliados para este tipo de treino são as passadeiras, as elípticas, as bicicletas (de qualquer tipo), o step e o remo. Podem também fazer-se sessões de treino funcional, com excelentes resultados a este nível, bem como as aulas de grupo de carácter mais aeróbio.
Em relação a este tipo de treino cardiovascular há uma questão que gera sempre alguma contestação, que é a questão da ordem pela qual o exercício cardiovascular deve ser praticado: antes ou após o treino de musculação?
Na minha opinião, se o objectivo é a perda de gordura, deve fazer-se depois da musculação, com a duração de 20 a 30 minutos (no máximo). Isto porque na musculação o corpo utiliza principalmente os hidratos de carbono como fonte de energia que estão em níveis baixos depois do treino. Dessa forma, ao fazer-se o exercício cardio no fim, a queima de gordura será mais rápida, sem que se passe assim pelo processo da utilização do glicogénio (que são os hidratos de carbono depositado nos músculos e no fígado) como substrato energético. As reservas de glicogénio devem estar baixas para que se inicie a queima da gordura (lipólise).
O treino cardio após o treino de musculação é benéfico para quem pretende reduzir a sua percentagem de massa gorda, pois a intenção consiste em deixar os “alimentos” para a musculação e a “gordura” para o exercício cardiovascular.
No início, antes do treino de musculação, a minha sugestão é que se corra, por exemplo 10 minutos como aquecimento, ou que se realizem apenas movimentos de mobilização articular geral, explorando as diversas amplitudes relativas aos exercícios que se vão executar.
Um outro factor de extrema importância é a dieta associada. De nada adianta treinar de uma forma ou de outra se não houver por trás um bom suporte nutricional que esteja de acordo com o treino e com o objectivo de cada um. Uma boa suplementação também poderá potenciar os resultados, especialmente para preservar a massa muscular e fazer com que o corpo utilize mais a gordura como substrato energético.