Nove associados das ex-Caixas de Pombal, Vila Nova de Anços e Ansião protagonizaram um dos momentos altos do programa.
A segunda edição do Dia do Associado, promovida pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Centro Litoral, ficou marcada pela homenagem simbólica aos associados mais antigos. No auditório da Caixa Agrícola de Pombal, cerca de 200 pessoas assistiram à entrega de nove certificados a associados das ex-Caixas de Pombal, Vila Nova de Anços e Ansião, tendo cabido à única mulher a subir ao palco o momento mais emotivo e, simultaneamente, mais efusivo. Maria Luísa Ferreira foi distinguida na qualidade de sócia nº1 da ex-Caixa Agrícola das Serras de Ansião e não escondeu a emoção pelo reconhecimento. Já refeita da surpresa, e num tom de boa-disposição que contagiou todos os presentes, dedicou a breve intervenção à importância do trabalho em prol do bem comum.
Momentos antes, o presidente do conselho de administração da Caixa Agrícola Centro Litoral explicou que a atribuição daquelas distinções “revelou-se uma tarefa difícil, porquanto as ex-Caixas de Pombal e de Vila Nova de Anços foram constituídas, sensivelmente, há mais de 100 anos e, naturalmente, nenhum dos fundadores e primeiros associados estão entre nós”. Ainda assim, revelou João Gante, “foi possível identificar cerca de 2500 associados com mais de 40 anos”. Contudo, “na impossibilidade de os chamar a todos escolheram-se três associados de cada uma das antigas Caixas Agrícolas, dos mais antigos que foi possível identificar”. No caso da ex-Caixa das Serras de Ansião, a tarefa não foi tão difícil, uma vez que foi fundada há 32 anos. Dos 150 associados que estão na sua génese, “a maioria dos quais ainda vivos”, a comissão organizadora identificou três deles que, “pela sua envolvência”, representam simbolicamente todos os fundadores, clarificou ainda João Gante.
“O Dia do Associado é mais que uma mera comemoração. É uma oportunidade para reafirmarmos o nosso compromisso com cada um de vocês, nossos associados, e para renovar o nosso compromisso com a excelência no serviço que prestamos”, frisou o presidente do conselho de administração.
E no âmbito do sentido de responsabilidade social da instituição bancária, João Gante destacou o contributo do CA para o desenvolvimento social e económico- financeiro dos concelhos onde se insere, através da disponibilização de apoio às colectividades, e que traduz numa “melhor qualidade de vida para todos”. Palavras que serviram de âncora ao vídeo que foi exibido, após as homenagens, com testemunhos de representantes de colectividades dos concelhos de Ansião, Condeixa, Penela, Pombal e Soure, onde a Caixa Agrícola Centro Litoral está implantada.
Presidente do Grupo elogia administração
O programa do Dia do Associado contou também com as intervenções do presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão, João Duque, que, na parte final da reflexão que fez sobre o associativismo em banca cooperativa, se referiu ao Crédito Agrícola como a “instituição portuguesa com mais pontos próprios de atendimento”, ainda que isso tenha “um custo muito elevado”. João Duque, que é também membro do Conselho Geral e de Supervisão do grupo CA, desafiou a instituição bancária a manter o “desenvolvimento equilibrado”, mas sem “perder a identidade”, ou seja, as suas “características humanas”, referindo-se, neste caso, ao papel de proximidade que assume junto das suas comunidades.
E foi nesta tónica que o presidente do Grupo Crédito Agrícola assentou parte da sua abordagem sobre “A ética e o dinheiro”. Licínio Pina realçou o papel dos balcões das Caixas Agrícolas, lembrando que em boa parte das localidades onde estão localizados não existe mais nenhuma instituição financeira. “É o único grupo que, em Portugal, consegue fazer esta banca de proximidade”, enfatizou. Uma realidade que “tem custos”, mas que é “uma visão importante”, afirmou Licínio Pina. “A partir do momento em que uma Caixa Agrícola decide sair de uma localidade cria dificuldades às pessoas”, referindo-se, em concreto, aos clientes que não sabem lidar com o digital.
Sobre a Caixa Agrícola Centro Litoral, o presidente do Grupo CA enalteceu “a grande capacidade técnica” do seu administrador, João Gante, apontando-o como um “dos melhores”. Afirmações proferidas momentos depois de ter elogiado a valorização que nesta Caixa é dada aos associados, patente, a título de exemplo, na comemoração daquele dia, única no universo do Grupo CA.
Licínio Pina referiu-se ainda ao dinamismo da Caixa anfitriã, fazendo jus à trajectória de crescimento que tem vindo a desenvolver.
A encerrar, o presidente da Câmara Municipal partilhou do cariz de proximidade que já tinha sido expresso pelos oradores anteriores. “Enquanto várias instituições bancárias abandonam os nossos territórios, o CA mantém-se”, disse Pedro Pimpão. O autarca considera que o CA “cuida bem das pessoas e dos territórios”, mas reconhece que os autarcas precisam de criar “condições para atrair mais riqueza”, lembrando aqui os investimentos que têm sido feitos, pelo município, no crescimento dos parques industriais.
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