Câmara abre novo concurso para acabar obras na Casa Varela

0
1546

Depois de ter aprovado a resolução do contrato de empreitada de beneficiação das instalações da Casa Varela, a Câmara Municipal de Pombal deliberou agora abrir um novo concurso público para prosseguir com as obras. Uma nova empreitada com preço base de 550 mil euros e com um prazo de execução de 240 dias, prevendo a sua conclusão durante o primeiro trimestre de 2020.
Em causa está a beneficiação do edifício, adquirido há alguns anos pelo município, localizado no centro da cidade, projectado pelo arquitecto Ernesto Korrodi e construído na década de 20 do século passado, de espaços para um uso multifuncional.
A empreitada foi adjudicada à empresa Multinordeste, SA, com sede em Bragança, por cerca de 685 mil euros. O prazo para a conclusão da obra terminou no início de Junho último.
No entanto, a autarquia referiu, em 1 de Outubro, que a empresa tinha facturado cerca de 214 mil euros, considerando que “em três meses a empresa praticamente nada fez na obra”. Por outro lado, considerou que o empreiteiro “não reforçou os meios e ao não reforçar os meios estará a protelar todos os trabalhos que deveriam de estar em execução”, concluindo pela “impossibilidade física” de concluir a obra, também por “manifesta falta de meios humanos, falta de equipamentos e materiais”.
A resolução do contrato por parte da Câmara Municipal surge depois de uma audiência prévia junto à empreiteira, cujo parecer de defesa foi analisado pelo assessor jurídico da autarquia, Teófilo Santos.
A Multinordeste, SA fundamentou a “inexistência de fundamento para resolução e aplicação de multa contratual”, argumentando que “não existe incumprimento ilícito, culposo ou negligente”, mas a ocorrência de “dificuldades financeiras” que a impedem de cumprir com as obrigações. A empresa apresentou, ainda, uma “cessão da posição contratual”, argumentando que não consegue alocar à obra todos os meios necessários.
O gabinete jurídico considerou que deveria ser mantida a decisão da Câmara Municipal quanto ao indeferimento da prorrogação do prazo e à resolução do contrato. Quanto à sanção contratual, entendeu que “deverá ser deliberado proceder ao apuramento dos prejuízos decorrentes da resolução do contrato, para efeitos de cômputo da indemnização”. No que diz respeito à cessão da posição contratual, apresentada pelo empreiteiro, o gabinete de Teófilo Santos considerou que “o mesmo não se encontra requerido com os documentos que a lei impõe, pelo que deverá ser indeferido”.
A empreitada para beneficiação das instalações da “Casa Varela” já originou, por várias vezes, desentendimentos entre o presidente da Câmara, Diogo Mateus, e o seu antecessor, agora vereador da oposição, Narciso Mota, com este a afirmar que nunca teria adjudicado a obra a uma empresa de Bragança, única concorrente ao respectivo concurso.

Partilhar
Artigo anteriorMINUTO BELEZA com Stephanie João
Próximo artigoJunta de Abiul sem verbas para recuperar moinhos
Ingressou no jornalismo, em 1989, como colaborador no extinto “Pombal Oeste” que foi pioneiro na modernização tecnológica. Em 1992 foi convidado a integrar a redacção de “O Correio de Pombal”, onde permaneceu até 2001, quando suspendeu a profissão para ser Director de Comunicação e Marketing de um grupo empresarial de dimensão ibérica. Em 2005 regressou ao jornalismo, onde continua, até aos dias de hoje, a aprender. Ao longo destes (largos) anos de actividade, atestados pelo Carteira Profissional obtida em 1996, passou por vários jornais, uns de âmbito regional e outros nacional, onde se inclui o “Jornal de Notícias” e “Público”. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal” onde se produz conteúdos das pessoas para as pessoas. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal”, quinzenário com o qual deixou de colaborar no final de Maio de 2020.