A Câmara de Pombal deliberou pôr um fim ao programa de incentivo ao arrendamento comercial a jovens na zona histórica da cidade, face à inexistência de candidaturas. O “Porta Aberta” era um programa de “incentivo à actividade comercial de jovens empreendedores com rendas reduzidas e sob a égide de uma filosofia de partilha de espaços.”
Na última reunião do executivo, a vereadora Ana Gonçalves, que esteve na base do programa, enalteceu a importância do mesmo para a dinamização da zona histórica da cidade. Na sua opinião, o “Porta Aberta” chegou a incentivar “sete negócios” que agora, “de uma forma, ou de outra, existem em outros locais e canais”. Daí que Ana Gonçalves faça realçado que “o objectivo foi conseguido”, realçando, ainda, uma “nova dinâmica” implementada naquela zona da cidade, onde “apenas existem duas lojas disponíveis”, tendo a funcionar mais de meia centena de estabelecimentos comerciais a funcionar.
Por outro lado, a vereadora destaca o facto de o projecto “Mercearia da Praça”, que esteve na génese do programa, ter manifestado o interesse em continuar no local, agora de uma forma independente.
De acordo com a deliberação do executivo camarário, presidido por Diogo Mateus, a decisão de encerrar aquele programa surgiu depois de no âmbito da 9ª fase do concurso não ter sido “recepcionada qualquer candidatura para a ocupação” de uma loja disponível, arrendada para o efeito, pelo município.
“Em face da inexistência de candidaturas por parte dos jovens empreendedores que se integrem no conceito do citado programa a uma eventual fase, parecer resultar claro que a manutenção do contrato de arrendamento da loja carecerá de sentido, uma vez que os custos para o erário municipal se afiguram claramente desproporcionados aos benefícios daí decorrentes”, refere a proposta aprovada em reunião camarária.
O “Porta Aberta” foi implementado em Julho de 2014, com o município a arrendar lojas no centro histórico da cidade, que estavam vazias, para depois as subalugar a jovens empreendedores que pretendiam iniciar com os seus negócios. E, dessa forma, também, revitalizar e dinamizar um núcleo urbano que estava a registar um decréscimo, provocado, essencialmente, pelo encerramento de comércios.