A Câmara Municipal de Pombal vai lançar um concurso público, com publicidade internacional, com vista à celebração do contrato de concessão de exploração da Quinta de Sant’Ana, na Redinha. A divulgação da “oportunidade comercial”, surge depois de a autarquia já ter publicitado a iniciativa junto de vários operadores hoteleiros.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, dando conta que foram realizadas “muitas diligências” e “enviados ofícios” aos “mais diversos operadores hoteleiros portugueses”, bem como de alguns empresários do sector radicados no estrangeiro, especialmente em França e Brasil.
Por outro lado, Diogo Mateus já acompanhou “diversas visitas” às instalações do empreendimento, adiantando que “houve algumas manifestações de interesse”.
Entre os empresários que visitaram a Quinta de Sant’Ana, destaque para Luís Castanheira Neves, presidente executivo das Pousadas de Portugal. Mas, Diogo Mateus divulgou o nome de outros empresários que também se deslocaram à freguesia da Redinha para conhecer o espaço.
A iniciativa de lançar um procedimento para concessionar a exploração daquele espaço foi aprovada na reunião de Câmara de 12 de Abril, tendo a proposta sido aprovada, a 24 do mesmo mês, na Assembleia Municipal.
Com acordo com o respectivo caderno de encargos, o concessionário poderá desenvolver diversas actividades, tais como hotelaria e outras actividades complementares, designadamente restauração, alojamento local, centro hípico, campo de jovens, campo de férias, centro de aventura juvenil, centro de estágios, centro de férias infanto-juvenil, centro de conferências, discoteca, bar, apoio de montanha e de actividades de lazer, desporto e recreio em espaço rural, aluguer de veículo motorizados, animais, bicicletas ou outros.
O concessionário terá como obrigações principais, de entre outras, “realizar todas as obras que constam do projecto de requalificação da Quinta de Sant’Ana, necessárias para a adaptação do espaço ao desenvolvimento das actividades previstas na concessão”, equipar os espaços, obter todas as licenças, certificações e autorizações necessárias a todas actividades que sejam desenvolvidas.
A adjudicação, por um prazo de 20 anos com a possibilidade de renovação por períodos de cinco anos, será efectuada de acordo com vários critérios, entre eles o critério da compensação mensal mais elevada, nunca inferior a 1.500 euros (acrescido de IVA). Ao valor mensal será descontado o valor despendido com as obras de requalificação, segundo condições previstas.
A autarquia considera que a Quinta de Sant’Ana “possui um património edificado, de valor histórico e patrimonial merecedor de um olhar mais atento por parte dos turistas que se deslocam ao nosso concelho” realçando que a sua concessão tornará a “exploração e dinamização do espaço, potenciando uma oferta diferenciadora, sem prejuízo da salvaguarda do património municipal”.