A Câmara Municipal de Pombal vai reduzir o custo com o consumo de água nas zonas afectadas pelos incêndios que assolaram o concelho e que levaram à Declaração de Estado de Calamidade e ao accionamento do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil.
A autarquia, presidida pelo social-democrata Diogo Mateus, enaltece a “abnegação com que a população do concelho de Pombal enfrentou esta calamidade”, tendo os cidadãos recorrido ao consumo de água da rede de abastecimento público “por forma a salvaguardar o património e, nalguns casos, as próprias vidas”.
Considerando que foi realizado um “consumo excepcional de água da rede pública” que irá, inevitavelmente, traduzir-se “num aumento do valor das facturas”, a Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, na última reunião do executivo, um plano de redução da facturação, aos consumidores residentes em localidades afectadas pelos incêndios de várias freguesias, como é o caso da União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca, freguesias do Carriço, Vila Cã, Abiul e Meirinhas “confirmadas pelo Serviço Municipal de Protecção Civil”.
O plano prevê, nos contratos de abastecimento em vigor há mais de um ano, a aplicação da média mensal de consumo verificada nos seis meses; nos contratos em vigor há menos de um ano, a aplicação da média mensal de consumo verificada nos dois meses imediatamente anteriores à ocorrência dos incêndios; nos contratos em vigor há menos de dois meses ou sem registo de quaisquer consumo, a aplicação do consumo médio per capita de 3,6 m3 por mês (120 litros de água por dia), de acordo com o padrão internacionalmente reconhecido como adequado (aplicar em situações residuais, após análise do agregado familiar em questão).