Parece já algo rotineiro, mas quando Pombal ganha o PS sai sistematicamente derrotado – é o que acontece quando estão mais preocupados em “cavalgar” ondas de descontentamento e/ou tirar proveito de situações mais sensíveis, lançando algumas suspeitas (por norma) pouco ou nada fundamentadas, em vez de se focarem na resolução dos problemas e das necessidades que mais dizem aos pombalenses. É a velha questão do estar sempre contra tudo e de querer ver maldade em tudo o “que do outro lado venha”.
Contudo, a situação em causa assume contornos de elevada gravidade e não pode (nem deve) ser comparada a outra qualquer “birra politica” protagonizada pelo PS/Pombal nas suas habituais tomadas de posição. Falo obviamente do episódio do desfalque financeiro de mais de 500 mil euros (detectado em 2010) e do ataque e tentativa de descredibilização absolutamente dissimulada que a bancada do PS tentou ensaiar contra o ex-Presidente da Câmara (na altura em funções) Eng. Narciso Mota.
Poucos meses depois da descoberta do crime o PS, em plena Assembleia Municipal, não teve qualquer pudor em desferir múltiplas acusações ao executivo em funções acusando-o, entre outras coisas, de ser cúmplice e conivente com o desfalque. Sem qualquer tipo de informação ou base de sustentação que servisse de cobro às suas acusações (como agora se prova) os deputados do PS não tiveram qualquer problema em afirmar o que não era verdade, em difamar sem qualquer fundo de verdade e em tentar “cavalgar” uma onda de suspeição com o simples intuito de retirar daí dividendos. Nunca se propuseram perceber o problema e nunca se propuseram ajudar na resolução. Como se isto não fosse grave só por si, o deputado que protagonizou as mais duras acusações abandonou a sessão a meio por não ter gostado da resposta que lhe foi dada, sentindo-se ofendido pelo presidente em funções – o mesmo que tinha acabado de considerar como culpado e conivente num desfalque de mais de 500 mil euros.
Algum tempo volvido e a verdade (essa que mesmo demorando, chega sempre) é finalmente reposta com a última decisão do Supremo Tribunal de Justiça, tornando clara a total inocência do Município e condenando o próprio Banco a ressarcir financeiramente a Autarquia. Resultado apenas possível pela intervenção pronta e pelo exaustivo trabalho desenvolvido pelo executivo na procura do melhor desfecho, nunca baixando os braços e tendo a coragem de enfrentar de frente o poder económico – terminando com a condenação efectiva de um Banco.
Deste modo, podemos dizer que esta é uma grande vitória não apenas do executivo que liderou este processo (que está indiscutivelmente de parabéns), mas uma vitória de Pombal e de todos os pombalenses.
Espero, muito sinceramente, que o PS se retracte das afirmações que proferiu, dos ataques que protagonizou e que deixe de lado as tentativas de aproveitamento politico que sistematicamente tenta realizar. Que aprenda com o sucedido e que não volte a repetir tamanha calunia e injustiça… ou este caso não passará de mais um dos muitos em que Pombal se “junta” e ganha e o PS ao tentar “dividir” perde.
Pedro Brilhante