A Confraria do Tortulho de Vila Cã assinalou de “forma simbólica” o seu terceiro capítulo, no passado dia 23 de Agosto. A cerimónia ficou marcada pela entronização de três confrades, aumentando para 17 os elementos da Confraria, que conta ainda com três confradinhos.
Numa nota de imprensa, o Centro Cultural e Recreativo de Vila Cã (CCRVC), do qual faz parte a Confraria, informa que celebrou mais um capítulo “à sombra do freixo”, onde foram entronizados os associados Nelson Lopes, Madalena Jesus e Andrea Dias.
Estes novos elementos permitem à Confraria “crescer de forma sustentada e com a garantia da génese assegurada”, refere a presidente da direcção do Centro Cultural, Liliana Silva, sublinhando que a Confraria “tem por objecto a preservação e divulgação do Tortulho de Vila Cã, como produto secular da gastronomia local, produzido artesanalmente a partir de carnes de ovinos”.
Assim, aquele departamento do CCRVC “procura contribuir para que a confecção artesanal do Tortulho de Vila Cã se perpetue, consolidando o saber-fazer deste elemento gastronómico de elevado valor etnográfico” e valorizando esta iguaria “enquanto produto endógeno gerador de valia económica”.
Estes objectivos mantêm-se, com a Confraria a adaptar-se aos tempos de pandemia para continuar a produzir o tortulho, apesar de ser em menor quantidade. Respeitando as regras da DGS, a Confraria cumpriu a tradição, mas “com distanciamento físico e máscaras no rosto”, havendo “tarefas divididas e trabalhos feitos isoladamente”.