CARTAS POMBALINAS | 2019 foi um ano positivo de mudança de ciclo

0
1049

Do ponto de vista pessoal, 2019 ficará gravado na minha memória por ter sido o ano em que findei uma experiência muito enriquecedora no meu percurso de vida, considerando um verdadeiro privilégio ter tido a oportunidade de desempenhar as funções de deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Leiria. 2019 foi, assim, o culminar de uma missão que assumi com total entrega e dedicação, que me permitiu crescer muito; explorar o todo potencial de uma região encantadora; aprender com pessoas extraordinárias; conhecer instituições com um impacto transformador nas suas comunidades e perceber que precisamos urgentemente de aprofundar o nosso sistema democrático para que haja maior proximidade entre eleitos e eleitores e para que exista maior confiança e envolvimento (efetivo) dos cidadãos nos principais desígnios da nossa região e do nosso país. Aproveito esta oportunidade para agradecer todo o apoio e carinho que tenho sentido ao longo dos últimos anos e que é a recompensa mais valiosa que sentimos quando nos entregamos de corpo e alma a estas missões de serviço público.

Mas se 2019 foi o culminar de uma bela experiência parlamentar, é também sinónimo do regresso definitivo a Pombal, o que permite dedicar-me, ainda mais, à minha terra natal e à minha família – que bem merece ter o pai mais presente. Posto isto, abrem-se os horizontes para que 2020 seja um ano de novos desafios, sobre os quais me debruçarei no primeiro artigo de opinião que partilharei convosco no mês de janeiro.
A nível nacional, 2019 fica, assim, marcado pelas eleições legislativas, que ditaram o fim da geringonça – nos termos “formais” como a concebíamos – e que nos reserva um capital de incerteza e alguma expetativa sobre os próximos tempos políticos em Portugal. Com a ala esquerda parlamentar meio estagnada, apesar da conturbação no Livre, à direita vivem-se tempos agitados. O Chega vai crescendo na adesão popular, a IL mudou rapidamente de liderança (aqui mesmo em Pombal) e os dois partidos mais tradicionais, PSD e CDS, discutem as respetivas lideranças. Naturalmente que as atenções estão maioritariamente centradas no PSD que espero, genuinamente, saia deste debate de ideias, mais forte e mobilizado para apresentar aos portugueses uma verdadeira alternativa que possa promover as reformas que tanto precisamos nos diversos sectores de atividade. Como é do conhecimento público, nesta disputa interna, apoio de forma determinada e entusiasta a candidatura de Luís Montenegro a Presidente do PSD. Faço-o por duas razões: a primeira é porque acredito nas suas qualidades pessoais e políticas, que tive a oportunidade de testemunhar quando integrei a direção do Grupo Parlamentar do PSD sob a sua presidência, num tempo muito conturbado e que permitiu evidenciar o espírito de coesão e motivação das suas equipas. A segunda razão é porque acredito que o nosso país precisa de instituições sólidas e partidos políticos robustos, cujas lideranças sejam capazes de mobilizar a sociedade portuguesa e resgatar a esperança que todos temos num futuro melhor para o nosso país. Assim seja também a vontade da esmagadora maioria de militantes do PSD que são chamados às urnas no dia 11 janeiro 2020, para definir o futuro próximo do maior partido da oposição… e do país.
Este ano 2019 foi, assim, um ano de mudança de ciclo a vários níveis, o que nos permite encarar 2020 com renovado entusiasmo face a tantos desafios positivos que se avizinham no horizonte. Votos de um santo natal e um 2020 pleno de realizações e novos desafios nas vossas vidas e, já agora, se não puderem fazer aquilo que amam… amem aquilo que fazem e tudo será muito mais simples e inspirador!

Um forte abraço amigo,

Pedro Pimpão
pedropimpao@gmail.com

Partilhar
Artigo anteriorEXAME FINAL | De 0 a 20… (Balanço do ano 2019)
Próximo artigoHIC ET NUNC | Provocar o impulso de imperativo
Pedro Pimpão é natural de Pombal, tem 36 anos, é casado e tem dois filhos. É advogado de profissão e actualmente desempenha as funções de deputado à Assembleia da República, tendo sido eleito pelo círculo eleitoral de Leiria. É Presidente da Assembleia de Freguesia de Pombal, membro da Assembleia Municipal de Pombal e membro da Assembleia Intermunicipal da Região de Leiria. É licenciado em Direito pela Universidade Coimbra, contando com Pós-Graduações em Direito Administrativo, Gestão Autárquica, Direito dos Contratos Públicos e Direito Municipal Comparado Lusófono. É Mestrando em Ciência Política pelo ISCSP – Universidade de Lisboa.