Obrigado! Esta é a palavra que melhor simboliza o sentimento que gostaria de partilhar com os leitores que acompanham periodicamente estas crónicas.
Todos chegamos a um momento na vida em que já passamos por tantas situações que nos levam a valorizar (cada vez mais) as coisas simples da vida, daí que, numa altura em que se verifica o términus de um ciclo relevante da minha participação cívica, não posso deixar de agradecer todas as manifestações de apoio e carinho que tenho sentido, nomeadamente, por parte dos meus conterrâneos.
Como já é do conhecimento público, não serei novamente candidato a deputado nas próximas eleições legislativas.
Para alguns, pode até ser uma desilusão porque gostariam de me ver continuar a representar o nosso concelho e a nossa região no Parlamento e por considerarem relevante termos uma voz ativa junto dos órgãos de decisão; para outros, será motivo de regozijo por passar a estar mais tempo na minha terra natal, junto das pessoas que conheço e que gosto. Contudo, no meio deste misto de sentimentos entre ficar ou voltar, queria partilhar convosco que, independentemente das vicissitudes internas dos processos partidários, estou verdadeiramente feliz por voltar para Pombal.
Pombal é o meu porto de abrigo, a minha família, os meus amigos, a minha essência. Foi aqui que nasci, cresci e me tornei um cidadão ativo e participativo desde tenra idade. Mesmo quando tive que sair, seja para Coimbra para tirar o curso (e voltava religiosamente a casa todos os fins-de-semana), seja quando estive meio ano a estudar Erasmus em Espanha (e fiz questão de vir passar o Natal a Casa), seja nos últimos anos em que, estando no Parlamento (a representar o país e a região), também fiz questão de estar todas as semanas em Pombal mantendo a relação de proximidade e confiança com os meus conterrâneos e com as nossas instituições.
Perguntar-se-á o leitor: mas porque é que o autor deste artigo refere a sua relação com Pombal quando todos conhecemos o seu percurso de vida e sabemos bem do amor genuíno a esta terra?!
A resposta é simples e reside na coragem de dizer AMO-TE – e que tantas vezes no inibimos de dizer às pessoas de quem gostamos e que nos estão tão próximas – e também se pode consubstanciar na ousadia de manifestar publicamente o nosso amor por alguém, por alguma instituição ou, simplesmente, por uma COMUNIDADE.
É essa vontade que me irrompe o coração e me faz sentir feliz por voltar para Pombal, a terra dos meus sonhos, onde eu quero que os meus filhos cresçam e se tornem adultos.
Ao terminar este ciclo, não posso deixar de partilhar convosco a enorme honra que sinto por ter desempenhado tão nobres funções parlamentares, considerando um privilégio ter servido a minha terra, a minha região e o meu país na Casa da Democracia.
Posto isto, quero que saibam que podem contar comigo (como sempre contaram e agora mais do que nunca), mantendo a mesma postura de humildade e total dedicação às causas em que acredito e que continuarei a lutar por elas!
A nível político, mantenho o respeito pelo compromisso que assumi (e reforço) de ser Presidente de Junta de Freguesia até ao fim do mandato, com amor e devoção, trabalhando em equipa, confiando nas pessoas que me acompanham e em estreita parceria com todos aqueles que querem participar, de forma construtiva, na transformação positiva que a nossa comunidade precisa!
Concluo este ciclo com a consciência de ter cumprido de forma abnegada e leal a missão que me foi confiada, destacando, de forma muito positiva, todas as demonstrações de carinho com que tantos pombalenses receberam esta boa nova do meu regresso à minha terra natal, facto que só aumenta as minhas responsabilidades com o meu concelho e as nossas gentes.
Um forte abraço amigo
Pedro Pimpão
pedropimpao@gmail.com