Tornar Pombal um habitat natural para o empreendedorismo e inovação!
Em pleno dia dos namorados, foi aprovado o diploma que define as regras aplicáveis à associação Startup Portugal e que tem como principal objetivo desenvolver atividades de interesse público no âmbito do ecossistema nacional de empreendedorismo.
Ora, temos vindo a defender, há vários anos, a existência de um ecossistema local e regional de empreendedorismo, todos devidamente interligados, que estimulem a inovação e promovam a criatividade.
Pombal deve, nestes termos, apostar numa estratégia integrada e mobilizadora de promoção do empreendedorismo – tirando partido da nossa melhor matéria-prima – no apoio à criação e desenvolvimento de startups no nosso território.
Realço que, só no último mês, tivemos no concelho de Pombal diversas iniciativas relacionadas com esta temática, que são um sinal muito positivo e um estímulo adicional à adoção de uma estratégia em torno deste desígnio comum de apoiarmos a criação e desenvolvimento de novas ideias nos mais variados sectores de atividade.
Bons exemplos como o projeto INSPIRA-TE +, promovido pela Pombal Jovem e pela Adepes, que trouxe até Pombal alguns conceituados investidores e investigadores, assumindo-se como uma iniciativa muito bem conseguida e que merece ser desenvolvida em próximas edições. Também o projeto Empreende Tu, promovido pela ETAP, ou o STARTUP Ilha, desenvolvido pela ARCUPS, são boas ideias que devem ser valorizadas.
Se a estas iniciativas associarmos o concurso de empreendedorismo nas escolas, que há vários anos é promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, o próprio grupo de trabalho criado pelo CLDS em parceria com a Junta de Freguesia (que reúne diversas entidades nesta área do empreendedorismo), assim como, outras iniciativas desenvolvidas por diversas entidades, facilmente verificamos que temos uma comunidade atenta e desperta para esta realidade.
A verdade é que Pombal é terra de empreendedores, de homens e mulheres que, ao longo das últimas décadas, foram criando empresas e desenvolvendo indústrias que têm gerado milhares de postos de trabalho, contribuindo para a fixação de pessoas e para o desenvolvimento económico-social da nossa região.
Contudo, os desafios inerentes à evolução tecnológica, o contexto económico nacional e internacional, o mercado fortemente concorrencial e a própria competitividade territorial, levam-nos a olhar para a criação e consolidação de empresas como um objetivo que devemos todos prosseguir.
É por isso que considero que há três fatores que devem estar bem presentes na definição de uma estratégia local e regional de incentivo ao empreendedorismo e que promova a atração de investimento.
O 1º fator é o nosso valioso património histórico, uma vez que o ADN da nossa terra está assente no dinamismo económico e no espírito empreendedor das nossas gentes.
O 2º fator é a fixação de talentos, que acompanha as perspetivas demográficas e a necessidade de atrairmos quadros qualificados para o nosso território, contribuindo para que se aposte cada vez mais em projetos diferenciadores e que nos enquadrem nos estimulantes desafios do séc. XXI.
O 3º fator é o próprio desenvolvimento local/regional, que está diretamente focado com o que pretendemos para o nosso futuro coletivo, assumindo-se como um objetivo que nos deve unir na construção de um desígnio que promova a coesão do nosso território, que deve ser dinâmico socialmente, pujante economicamente e ativo culturalmente.
Está, pois, nas nossas mãos avançarmos, juntos, na definição de uma estratégia integrada que incentive a cooperação, estimule a criatividade e fomente a inovação no nosso concelho e na nossa região!
Um forte abraço amigo,
Pedro Pimpão
Pedropimpao@gmail.com
*Artigo de opinião publicado na edição impressa de 14 de Março