Agora que voltamos a estes escritos, muito haveria para partilhar, fruto das grandes mudanças que a nossa sociedade tem assistido nos últimos meses e que levaram à suspensão de muitas actividades, que tínhamos como normais no nosso dia-a-dia.
Tenho que, reiteradamente, prestar o meu tributo aos profissionais de saúde que têm sido verdadeiros heróis nesta guerra desigual e a todos os profissionais que, nos diversos sectores de actividade, trabalharam todos os dias para que não faltasse nada em nossas casas.
Como tenho um filho no primeiro ano de escolaridade, não posso deixar de destacar o empenho dos nossos professores que fizeram uma adaptação extraordinária ao ensino à distância, fazendo votos que esta circunstância seja aproveitada, de forma positiva, para modernizar o nosso sistema de ensino e dotar as nossas escolas de mais e melhores recursos tecnológicos, fazendo com que o importante sector da educação acompanhe a rápida evolução que se verifica na nossa sociedade.
No contexto desta crise que atravessamos, preocupa-me os efeitos verificados no desempenho da nossa economia local, no pequeno comércio, na restauração, na hotelaria e em alguns serviços fortemente afectados nos últimos meses e que ainda sofrem o impacto da falta de confiança dos cidadãos neste período de desconfinamento.
As micro e PME’s, que constituem o grosso do tecido económico da nossa região, precisam de medidas de apoio urgentes para evitar o descalabro do aumento de insolvências e dos preocupantes números do desemprego.
Existem outras áreas que merecem uma atenção especial, nomeadamente, a valorização dos nossos agentes culturais que se viram forçados a interromper as suas actividades e a não poderem partilhar com o público o fruto do seu trabalho/criatividade, assim como, os efeitos desta crise de confiança na afirmação turística da nossa região.
Contudo, se é verdade que são muitas as preocupações com os efeitos desta crise, nomeadamente, em termos económicos e sociais, também temos assistido a muitas aprendizagens e a grandes exemplos que nos motivam a voltar mais fortes para uma nova normalidade que será sempre diferente do que era até agora.
As diversas demonstrações de solidariedade, que temos vindo a assistir no seio da nossa comunidade, dão-nos esperança e determinação para continuarmos a dar o nosso melhor, fazendo tudo o que está ao nosso alcance para sairmos o mais rápido possível desta crise e conseguirmos atenuar os efeitos nefastos que se fazem sentir nos diversos sectores.
Uma nota final para partilhar também uma pequena reflexão sobre o ambiente político que se vive em Pombal e que tem sido particularmente intenso nos últimos meses.
Se, no âmbito da dialéctica político-partidária, entendo que existam sempre esforços – normais em democracia – para tentar fragilizar quem está em exercício de funções, a verdade é que o cidadão comum não compreende o “clima” que se faz sentir nas reuniões dos órgãos autárquicos onde têm assento os legítimos representantes da nossa população.
Sinto que a nossa comunidade ambiciona por mais elevação e mais humildade de quem os representa nas diversas forças políticas, em todos os órgãos autárquicos.
Vivemos uma época muito exigente e as pessoas esperam que os seus representantes estejam à altura dos enormes desafios colectivos que temos vindo a enfrentar desde o início da pandemia (que ainda não chegou ao fim).
Tenho a perfeita noção que os novos tempos, que se aproximam, exigem uma abordagem de maior modéstia e de genuíno relacionamento de proximidade e confiança com a nossa comunidade.
Nesse sentido, queria partilhar convosco que, a curto prazo, realizar-se-ão eleições internas para a concelhia de Pombal do PSD e não deixarei de assumir as minhas responsabilidades, contribuindo, de forma activa e empenhada, para a construção desse novo tempo de renovação da confiança e da esperança dos pombalenses num futuro de união e prosperidade.
Juntos, ficaremos (muito) mais fortes!
Um forte abraço amigo,
Pedro Pimpão
pedropimpao@gmail.com