O Grupo Parlamentar do CDS deu entrada de um Projecto de Resolução que recomenda ao Governo a execução, com urgência, do troço do Itinerário Complementar 8 (IC8), entre Pombal e Avelar (Ansião), e a cabimentação dos necessários recursos financeiros. Numa nota enviada à imprensa, os centristas lembram que esta é uma intervenção “há muito ansiada”, atendendo aos elevados índices de sinistralidades naquela zona.
“A 1 de Agosto de 2018 foi publicada, em Diário da República, a Resolução da Assembleia da República n.º 225/2018, que recomenda ao Governo a requalificação urgente do Itinerário Complementar 2 (IC2), entre Leiria e Pombal, e do Itinerário Complementar 8 (IC8), entre Pombal e Ansião”, lembram os parlamentares. Nesse mesmo texto, o CDS diz que é preciso dotar aquele troço de um “verdadeiro perfil de itinerário complementar”, de modo a promover “a segurança rodoviária e melhorando a fluidez da circulação em todo o traçado”.
A recomendação expressa, ainda, “a necessidade de serem realizadas as intervenções necessárias e urgentes à conservação corrente do IC8, enquanto não são realizadas outras mais profundas de requalificação ao nível da conservação periódica, de forma a salvaguardar a segurança de pessoas e bens”.
O Grupo Parlamentar lamenta que “até à data, esta requalificação continua por fazer, como o comprova a Petição Pública ‘Pela requalificação urgente do IC8’”, que reuniu cerca de 4.800 assinaturas.
Os deputados argumentam que o IC8 está integrado na “Rede Nacional de Autoestradas entre o IP1 e o IC2, em Pombal, e na Rede Nacional Complementar no troço inserido na Subconcessão do Pinhal Interior, entre Pombal e Castelo Branco (IP2/A23)”, pelo que os Itinerários complementares são “as vias que, no contexto rodoviário nacional, estabelecem as ligações de maior interesse regional”.
Por outro lado, “o IC8 é conhecido por apresentar um elevado tráfego de veículos pesados”, o que “condiciona os tempos de viagem entre os vários concelhos servidos pela via”.
Apesar das melhorias realizadas no final de 2019, o partido diz que “ficaram muito aquém do esperado pelas populações e pelos utentes”, nomeadamente ao nível da “sinalização vertical correspondente às alterações efectuadas, a instalação de outros sinais de sinalização vertical, designadamente com limitação de velocidade, e o reforço da iluminação, manifestamente insuficiente”.
Falta também, segundo o CDS, “a intervenção no troço entre Pombal e Avelar (Ansião, com cerca de 20km”, uma zona com um “elevado número de cruzamentos de nível”, o que tem contribuído para o “aumento da sinistralidade rodoviária e atropelamentos frequentes”.
“Trata-se, por isso, de um investimento urgente e necessário, decisivo para a coesão territorial e combate à desertificação dos concelhos do interior, numa ótica de captação de investimento e fixação das pessoas, tão importante para o futuro desta região, cujas populações há muito reclamam a requalificação desta via nevrálgica”, conclui a nota de imprensa.