A Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Pombal reconhece o “esforço” da Câmara Municipal para “resolver os principais problemas do concelho”. Todavia, pede “muita ponderação e equilíbrio no gasto dos dinheiros públicos”, alegando que “muitas vezes é possível fazer bem gastando menos”.
O CDS-PP admite que há da parte do município “um esforço no sentido de resolver os principais problemas do concelho” em “diversas áreas cruciais para o desenvolvimento sustentável de Pombal”.
Dentre essas “áreas cruciais”, o presidente da concelhia destaca desde logo a “sector da habitação e ordenamento do território”, onde “faltam medidas”, que espera verem resolvidas em sede de “revisão do PDM”.
Não obstante, Telmo Lopes pede “muita ponderação e equilíbrio no gasto dos dinheiros públicos”, recordando que “muitas vezes é possível fazer bem gastando menos”.
Por outro lado, insiste para que “a manutenção dos espaços ou equipamentos seja sempre considerada quando se prepara qualquer investimento”, devendo desde logo ficar definido o responsável, o método e o financiamento da referida manutenção. “Estes princípios devem ser aplicados em todas as situações, seja nos parques verdes, nas zonas industriais, na requalificação de equipamentos ou nas festividades”.
Num comunicado de imprensa, os centristas deixaram ainda sugestões em várias áreas de actuação.
Assim, no que toca à saúde consideram “imperativo” definir a localização das Unidades de Saúde Familiar (USF) que faltam edificar, para que se possa preparar as respectivas candidaturas ao abrigo do PRR. Neste sentido, entendem que é necessário sensibilizar “as freguesias que ainda não chegaram a acordo de que é preferível ter uma USF a meia dúzia de quilómetros (…) do que manter a situação actual”.
Relativamente à rede de espaços verdes, o CDS-PP aconselha “grande ponderação de custos”, argumentando que este tipo de projectos “não constitui uma prioridade quando comparada com outras áreas”. Afinal, “parece excessivo” a quantidade de parques verdes previstos para a cidade, designadamente na zona do Emporão, Casarelo, Mata da Rola e a ligação destes à Mata do Castelo.
Em termos de turismo, Telmo Lopes critica o facto do projecto Ecomatur “não ser prioritário”, atendendo a “um suposto interesse de privados num projecto idêntico”. “No nosso entender, este é um projecto que tem de ser concretizado no curto prazo, pela sua importância para a região, podendo ser associado ao Centro de Interpretação da Mata do Urso”, defende.
Por outro lado, o CDS-PP demonstra “contentamento por já ter sido efectuada a contratação da empresa para a elaboração do PERLA [Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água]”, referindo que aguarda o agendamento de uma reunião com essa empresa para “acompanhar o trabalho realizado” e entregar “o nosso caderno de medidas para a gestão dos recursos hídricos”.
“Ainda em relação aos recursos hídricos, defendemos o encerramento das fontes públicas com água de nascente, uma vez que o controlo regular efectuado nada garante em termos de saúde pública”, pelo que é preciso “coragem para encerrar esses pontos de água ao consumo humano e usar esses recursos para fins agrícolas ou outros”.
Já no que se refere aos parques industriais, os centristas aplaudem a “série de investimentos” de ampliação das zonas existentes ou edificação de novas. Contudo, apontam como “prioridade” a requalificação do Parque Empresarial de Abiúl e da Zona Industrial da Formiga.
“Em relação a esta última, ficámos preocupados por o executivo considerar a obra demasiado dispendiosa para ser executada num curto espaço de tempo”, quando devia ser entendida como “prioridade máxima” e “ser executado em detrimento de outras”.
Finalmente, no campo desportivo “é urgente concretizar alguns dos investimentos previstos, nomeadamente a requalificação de algumas da infra-estruturas existentes”, como a requalificação dos balneários do Estádio Municipal, cuja obra “é urgente e inadiável”.
De referir que o CDS-PP já teve oportunidade de apresentar ao executivo estas “preocupações e sugestões”, no âmbito de uma reunião, realizada a 23 de Novembro, que tinha como objectivo preparar o orçamento municipal, que tem um valor superior a 50 milhões de euros. Nesse momento, como agora, os centristas reafirmam o “compromisso de colaborar activamente com o executivo e outras forças políticas em benefício do concelho e dos pombalenses”.