A concelhia do CDS-PP vai entregar, nos próximos dias, ao executivo camarário e à assembleia municipal, “um caderno com diversas sugestões que queremos ver implementadas”, no domínio da gestão dos recursos hídricos, por considerar que “esta deve ser uma área de intervenção prioritária”.
A este propósito, a concelhia centrista, presidida por Telmo Lopes, recorda que “a Europa, e mais concretamente o território continental Português, vivem neste ano de 2022 uma situação de seca generalizada, fenómeno que não sendo novo tem a sua intensidade agravada pelas alterações climáticas em curso”.
“Na sua origem, para além de uma componente evolutiva do nosso planeta já verificada no passado, estão também décadas de comportamentos irresponsáveis e de negligência, com exploração abusiva dos recursos naturais e destruição massiva de diversos habitats”. O CDS-PP de Pombal diz que “estas alterações estão previstas há diversos anos, mas o poder político europeu e nacional tem colocado o foco da sua acção na redução da emissão dos gases com efeito de estufa de forma a desacelerar o aquecimento global”. Ainda que considere esta “uma batalha tremendamente necessária”, a concelhia considera que “deixou de fora várias vertentes do problema”, nomeadamente, “a exploração dos recursos florestais, agrícolas, hídricos e minerais”.
No caso concreto do problema da gestão dos recursos hídricos, os centristas apontam responsabilidades ao “aumento significativo do consumo de água”, resultante, em grande parte, “do fenómeno de migração para as cidades ocorrido nas últimas décadas e da disponibilização de água potável canalizada a um maior número de cidadãos”. A este factor, acresce “a necessidade de uma agricultura intensiva que permita abastecer os níveis de consumo actual, desperdício incluído, que implica a utilização de grandes quantidades de água não obstante todas as novas tecnologias de maior eficácia presentes nesta actividade”.
Perante esta realidade, a concelhia do CDS-PP “decidiu desenhar algumas propostas que consideramos fundamentais para que o nosso território consiga optimizar a utilização dos seus recursos hídricos evitando situações futuras de escassez e/ou de falta de qualidade da água”, que irá entregar ao executivo e assembleia municipal. “Este é o primeiro de alguns cadernos que iremos elaborar nos próximos anos e que personificam a vontade de sermos uma oposição valiosa para os pombalenses”.
*Notícia publicada na edição impressa de 27 de Outubro