A 23 de Setembro completam-se 12 anos desde a entrada em funções do padre João Paulo Vaz na paróquia de Pombal e a 6 de Outubro participa na última celebração, onde toma posse o novo pároco. Para assinalar este “final de ciclo”, será realizada, no próximo dia 15 (domingo), uma missa de despedida, a ter lugar no Expocentro, pelas 11h00, a que se segue um almoço de convívio e confraternização no mesmo local. A cerca de um mês de rumar a Penacova, falou dos marcos deste percurso, dos desafios e dos laços de afectividade criados.
A mudança anunciada pela Diocese de Coimbra surge na sequência da reorganização prevista para o ano pastoral 2024/2025, implementada a partir deste mês, em inúmeras Unidades Pastorais. O novo pároco, Pedro Manuel Luís, era, até agora, responsável pelas paróquias de Águas Belas, Ferreira do Zêzere, Igreja Nova e Pias, e toma posse no dia 6, às 18h00, na Igreja do Cardal, numa celebração que conta também com a presença de João Paulo Vaz. Dias antes, a 23 de Setembro, o ainda pároco de Pombal completa 12 anos da entrada em funções neste concelho, tendo sido esta a paróquia onde esteve mais anos. É por isso que “não gosto de lhe chamar uma despedida, mas o fim de um ciclo”, assume, perante os laços de afectividade criados.
“Sinto que há uma caminhada, desde que entrei”, que se traduziu numa “forma diferente de ser paróquia e de estar na diocese”, começa por dizer, em jeito de reflexão sobre este percurso.
Por um lado, “crescemos muito nestes 12 anos, no sentido de comunhão, quer internamente – entre capelas e cidade houve uma melhoria muito acentuada nesta vivência da comunhão – quer na diocese”. Isto porque, “Pombal entrou no mapa da diocese novamente”, uma vez que “a paróquia abriu-se um pouco mais para fora, não está tão fechada”.
Por outro lado, o crescimento fez-se também muito a “nível sacramental, litúrgico e de catequese”. João Paulo Vaz recorda, por exemplo, o período da pandemia que, mais do que “um tempo de triagem”, foi antes de “consolidação de processos”. Para o sacerdote, a questão central não deve ser em torno da “diminuição do número de pessoas e da prática dominical”, que “não é assim tão acentuada”, mas “na consolidação da vivência da fé e da pertença à Igreja”. Nesse sentido, “sinto que Pombal caminhou bem nestes anos”.
Das marcas positivas destes 12 anos, o pároco aponta também o sentido da “co-responsabilidade”, isto é, “temos hoje, na paróquia de Pombal, muita gente que assume as responsabilidades”, antes apenas atribuídas aos padres, “e que agora estão nas mãos dos leigos”. “Não há igreja sem uns e sem os outros”, o que faz “com que haja mais gente a aproximar-se, naturalmente”. (…)
*Notícia desenvolvida na edição impressa de 05 de Setembro