A vereadora do Partido Socialista (PS) na Câmara de Pombal votou contra a proposta do executivo de maioria social-democrata em abrir concurso público para a construção do Centro Escolar de Vila Cã, num investimento municipal a rondar os 1,4 milhões de euros, acrescido de IVA. Odete Alves defende a requalificação das infra-estruturas existentes ao invés de “excentricidades” face ao número reduzido de alunos naquela freguesia.
O projecto prevê a edificação de um edifício de raiz dotado de duas salas para o ensino pré-escolar e duas para o ensino básico, “dispostas em diferentes alas possibilitando o seu uso de forma independente ou conjunta.” “Existirão também duas áreas distintas de recreio coberto, uma dedicada às crianças do jardim-de-infância e outra destinada às crianças do ensino básico”, refere a autarquia presidida por Diogo Mateus.
Ainda, segundo a edilidade, “na entrada do centro escolar será criada uma zona de ‘kiss & ride’, destinada a paragem de transportes públicos e a paragem rápida de carros dos encarregados de educação.”
A vereadora socialista iniciou a sua intervenção referindo-se à Carta Educativa do concelho, revista em 2015, para salientar a verificação de uma “regressão demográfica acentuada” que actualmente se traduz “numa situação mais dramática e problemática do que aquela que se previa”.
Considerando que a freguesia de Vila Cã tem menos de sete dezenas de crianças no ano lectivo em curso, Odete Alves afirmou não perceber “como se justifica um investimento de 1,5 milhões de euros num novo edifício escolar”. “Excentricidade e betões, não”, disse, frisando que “os centros escolares não atraem pessoas aos territórios.”
Para a autarca “não se trata de uma crítica negativa”, mas “o dinheiro público tem de ser gerido com muito cuidado”, pelo que “esta opção e errada, devíamos ir pelo caminho da requalificação.”
A resposta surgiu por parte da vereadora da Educação. Ana Maria Cabral realçou que “o processo foi muito bem estudado e ponderado” em articulação com a junta de freguesia e o agrupamento de escolas. “A requalificação da actual escola iria encarecer muito mais o projecto”, disse, destacando que o novo centro escolar irá contemplar valências que a requalificação não iria permitir, tal como uma biblioteca, espaço multiusos e salas para artes e ciências, entre outras.
Já para o presidente da Câmara, aquele investimento permitirá “garantir a igualdade de oportunidades e de acesso às melhores condições” para as crianças de Vila Cã, comparativamente às das restantes freguesias. “É uma questão de democracia e de igualdade”, vincou.
Referindo que o executivo está a “cumprir um compromisso assumido perante a população de Vila Cã”, Diogo Mateus recusa assumir que se tratar de um “investimento excêntrico.”
Também o vice-presidente da autarquia, Pedro Murtinho, saiu em defesa do projecto, ao afirmar que “tecnicamente poderia ser mais caro fazer a requalificação do que fazer um novo edifício.” “Financeiramente não haveria nenhuma vantagem”, disse.
O Centro Escolar será implantado num terreno com 5.126 m2, próximo da actual escola básica, e será servido por dois arruamentos: a poente com a rua António Gonçalves Junqueira (CM 1060-1) – onde será implantada a zona “Kiss & Ride” – e a Sul com um caminho denominado de Rua Terra da Fonte, onde se desenvolverá ao logo desta o estacionamento para professores e funcionários e o acesso à cozinha e zonas técnicas, oferecendo uma zona fácil de cargas e descargas.
“A nível educacional, este Centro Escolar está dimensionado para comportar três salas de ensino básico e duas salas de jardim-de-infância, dispostas em diferentes alas do edifício possibilitando o seu uso de forma independente ou conjunta”, referem os autores do projecto, acrescentando que “complementarmente, estas instalações são compostas pelos espaços comuns indispensáveis ao funcionamento de um centro escolar, nomeadamente, áreas administrativas, salas polivalentes, biblioteca/ informática, refeitório, cozinha, instalações sanitárias e recreios.”
Ainda segundo os arquitectos Nelson Mendes e João Vinhas, do gabinete de projectos do município, quanto aos recreios exteriores “existem duas áreas distintas de recreio coberto, uma destinada às crianças do jardim-de-infância localizada num piso 00 junto a sua zona de recreio descoberta e salas facilitando e aproximando todos os espaços dedicados as crianças mais pequenas, e outra destinada às crianças do ensino básico, situada no piso -1 aproveitando o coberto proporcionado pela ala das salas da EB1, podendo ser acedida por elevador, escadas ou rampa.”

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Ingressou no jornalismo, em 1989, como colaborador no extinto “Pombal Oeste” que foi pioneiro na modernização tecnológica. Em 1992 foi convidado a integrar a redacção de “O Correio de Pombal”, onde permaneceu até 2001, quando suspendeu a profissão para ser Director de Comunicação e Marketing de um grupo empresarial de dimensão ibérica. Em 2005 regressou ao jornalismo, onde continua, até aos dias de hoje, a aprender. Ao longo destes (largos) anos de actividade, atestados pelo Carteira Profissional obtida em 1996, passou por vários jornais, uns de âmbito regional e outros nacional, onde se inclui o “Jornal de Notícias” e “Público”. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal” onde se produz conteúdos das pessoas para as pessoas. Foi convidado a colaborar, de forma regular, com o “Pombal Jornal”, quinzenário com o qual deixou de colaborar no final de Maio de 2020.