Cerca de cinco mil crianças e jovens, oriundos de vários concelhos do país, participaram no passado dia 4, no Expocentro, em Pombal, no Dia das Bandeiras Verdes, que estabeleceu um novo recorde nacional de atribuição de bandeiras Eco-Escolas. Segundo o presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, foram atribuídas 1.438 bandeiras abrangendo mais de 653 mil alunos de 233 municípios.
“É um programa que criou gerações de eco-estudantes que ajudaram a mudar a nossa comunidade”, afirmou José Archer, durante a sessão de abertura presidida pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos.
Para José Archer, “o trabalho feito mostra que temos gerações que aprenderam a diagnosticar, a planear, a participar, a agir, a comunicar e a sensibilizar”. Os alunos envolvidos “acabaram por mudar a si próprios, as comunidades, as escolas, as suas famílias, os seus empregos. Tornaram-se cidadãos mais activos, participativos e conscientes”, concluiu.
Antes, Ana Maria Cabral, vereadora da Educação da Câmara de Pombal, enalteceu a importância do Eco-Escolas para a educação ambiental, enaltecendo a existência de 19 galardões atribuídos a estabelecimentos de ensino do concelho.
Por outro lado, a autarca referiu que o município “tem incentivado as freguesias do concelho a candidatarem-se ao galardão Eco-Freguesias”, seguindo o exemplo do Carriço.
Já a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza apelou a um compromisso colectivo para preservar o ambiente e salvar a Terra, “na certeza de que quem tem de ser salvo somos nós”, frisando que o ambiente não é uma responsabilidade exclusiva de ninguém.
“A acção não é do Governo, de intelectuais, de organizações não-governamentais, das escolas, de entidades da administração central, das câmaras, das pessoas… O ambiente tem de ser um compromisso de todos”, sublinhou, lembrando que “o planeta Terra é fundamental, mas com homens e mulheres ou sem eles, a Terra vai continuar o seu percurso. Ao tomarmos conta do planeta, estamos a tomar conta de nós”.
Na sua intervenção, a secretária de Estado comparou a importância dos cuidados com o ambiente com os cuidados de saúde: “Começámos a falar em ambiente numa perspectiva curativa. A terra tinha uma ferida ali, outra acolá, e tratávamos das lixeiras, da poluição, do saneamento básico…. Foi assim que a dimensão ambiental deu os seus primeiros passos. Mas, tal como na saúde, o ambiente não é só curativo”, notou Célia Ramos.
Para a governante, é necessário “olhar para o nosso planeta como um organismo vivo” e, por isso, é necessário que a sensibilização ambiental seja constante e que comece “cada vez em idades mais jovens”, para “todos sermos vacinados desde pequenos para estas causas do ambiente”, para as quais o projecto Eco-Escolas é um contributo que “tem de ser reconhecido”.