Com o título “O Direito à Felicidade não tem Férias nem Idade”, Manuel Amaro Neves acaba de lançar o seu segundo livro. A obra foi apresentada na Biblioteca Municipal de Pombal, durante a Feira do Livro, numa sessão com casa cheia, onde não faltaram familiares e amigos do autor.
Nesta nova obra, Amaro Neves pretende “dar conta do modo de vida e das dificuldades da população humilde das aldeias, nos meados do século XX, as suas tradições, crenças, conceitos, preconceitos e vivência da religiosidade, a par da resistente luta pela vida, pela sobrevivência, mantendo sempre acesa a chama da esperança”. É pois uma obra, como refere o autor, que pode agradar a quem viveu os tempos do pós-guerra e da ditadura, que se poderá rever no Portugal aqui descrito, mas também para os mais jovens, para que saibam como era viver naquele tempo.
Apesar de Amaro Neves referir que se trata de uma obra de ficção, também admite que muito do que está escrito nas páginas do livro resulta de histórias que lhe foram contadas ou que o autor vivenciou. “A matéria factual que dá base à publicação deste livro foi, essencialmente, vivida e recolhida nos concelhos de Lousã (de onde é natural), Ansião, Pombal e Alvaiázere”, revela.
Coube a Armindo Monteiro fazer a apresentação da obra. O juiz, que assina também o prefácio, não poupa elogios ao livro. Diz que a obra “é um repositório real, rico, maciço das tradições locais, das crenças e costumes e gentes daquela aldeia beirã, vertidas em pano que tem por fundo uma linguagem límpida e cristalina dominada pelo objectivo de as fazer chegar ao conhecimento do leitor, salvando-as da queda no esquecimento”. Armindo Monteiro considera ainda que o livro é uma homenagem de Amaro Neves “ao meio onde nasceu e cresceu, percepcionando mais longe do que os seus olhos alcançaram”.
*Notícia publicada na edição impressa de 12 de Outubro