Há um enorme desejo de manter o novo membro da família o melhor possível e imensas
dúvidas a esclarecer com o médico veterinário!
O melhor é manter os animais nas suas primeiras semanas de vida com a progenitora.
Idealmente, pelo menos até ao mês e meio ou dois meses de idade. Até lá serão
dependentes desta pois a progenitora tratará de alimentá-los, limpá-los e aquecê-los. Se
não for possível estarem com a progenitora, terá de ser o tutor a efetuar todos esses
procedimentos.
Assim, na ausência da progenitora, o que é necessário ter em atenção?
Alimentação: os animais pediátricos devem ser alimentados com leite de substituição
adequado à espécie e com muita frequência (de três em três horas) nas primeiras quatro
semanas de idade. Dependendo do animal, pelas seis semanas de idade ocorreria o
desmame, pelo que nessa fase deve ser introduzida alimentação húmida e/ou seca
adequada à idade;
Temperatura: quanto mais novos, mais dificuldade terão de regular a sua temperatura
corporal, pelo que é extremamente importante manter o ambiente aquecido, colocação de
mantas e, por vezes, sacos de água quente. Mas dado à fragilidade destes novos seres é
imperativo ter muito cuidado para não ocorrerem queimaduras;
Estimulação: é ainda necessário estimular, desde o início, a região urogenital com uma
compressa humedecida para que consiga urinar e defecar;
Profilaxia: iniciar a desparasitação interna aos quinze dias e o protocolo vacinal às seis
semanas de idade. Na primeira consulta ser-lhe-á explicado todos os cuidados a ter,
posteriormente.
Cuidar de um animal de estimação pediátrico, na ausência da progenitora, é uma grande responsabilidade, mas também um desafio cheio de amor!
Qualquer dúvida contacte de imediato um médico veterinário!
Artigo de opinião elaborado por:
Marta Gonçalves
Médica Veterinária
