Rui Rua tem 24 anos, é licenciado em Turismo e está a frequentar o mestrado em Turismo de Interior – Educação para a Sustentabilidade. É o cérebro por detrás da culnatur – animação turística; desenvolveu “o conceito e a ideia” que se materializou no passado dia 25 de Julho, numa das lojas criadas no âmbito do Porta Aberta, um programa de incentivo ao arrendamento comercial a jovens na zona histórica da cidade. O espaço é dividido com uma mercearia e fica no número 37 da Rua Miguel Bombarda.
A oferta de trabalho existente trouxe a “necessidade de reiventar” o seu próprio emprego. Uma vez que, na sua opinião, o turismo em Pombal “estava parado”, agarrou a oportunidade e tentou criar algo novo: “Não há nada do género no concelho”, declara.
Dividamos o nome em duas partes distintas: ‘cul’ refere-se ao turismo cultural e ‘natur’ ao turismo de natureza. Resumidamente, trata-se de uma empresa que organiza “programas de lazer à medida dos seus clientes e consoante as suas motivações”. Rui Rua frisa que por norma este tipo de negócio é feito através da Internet”, para depois acrescentar que na culnatur, o atendimento ao público é feito cara a cara. Ali, “o cliente encontrará um vasto leque de actividades e ofertas” a desenvolver no concelho, com a comodidade de se dirigir a uma única entidade. E de que actividades falamos? No que diz respeito à cultura, Rui Rua exemplifica com a “descoberta de património cultural e etnográfico. Também é uma das intenções da empresa a criação de eventos com aposta nos jogos populares e tradicionais. Quanto à natureza, refere “as caminhadas ou os desportos ao ar livre, de aventura”, como paintball ou escalada.
Com a pretensão de se assumir como um “intermediário entre os artesãos locais e o público”, na culnatur encontra-se a cestaria típica da Ilha ou trabalhos em pirografia, bem como recordações com imagens icónicas que caracterizam a região.