Os seis deputados social-democratas, eleitos pelo Leiria, querem saber se o governo considera prioritária a conclusão do Itinerário Complementar (IC) nº 8, designadamente a requalificação do troço entre Pombal e Ansião.
“Como é possível, 30 anos depois de ser incluído no Plano Rodoviário Nacional, manter uma estrada com características de IC, entre a A23 e a A13, e com características de estrada regional entre a A13 e a A1, chamando-lhe IC?”, questionam os parlamentares.
Num requerimento dirigido ao Ministério da Economia, Fernando Marques, Pedro Pimpão, Conceição Pereira, Feliciano Barreiras Duarte, Laura Esperança e Valter Ribeiro, perguntam, claramente, “para quando uma intervenção” no troço entre Pombal e Ansião.
Ao considerarem aquela estrada como uma “via estratégica” para o país “pela ligação directa entre Portugal e Espanha”, e “estruturante da região do Pinhal Interior Norte”, os deputados consideram que o troço entre Pombal e Avelar (Ansião) “é ainda hoje uma adaptação da antiga Estrada Nacional 237, com bastantes cruzamentos a nível que têm provocado um significativo aumento da sinistralidade rodoviária e atropelamentos frequentes”.
“Estre troço tem pouco mais de 20 quilómetros de extensão e é o único que falta para completar a requalificação deste itinerário tão crucial para o desenvolvimento estratégico e integrado do nosso país”, referem.
Os parlamentares social-democratas recordam que o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações e o presidente das Estradas de Portugal, na sequência da retirada do referido troço da concessão do Pinhal Interior, afirmaram que “as obras seriam incluídas no plano de proximidade e feitas pela empresa Estradas de Portugal”.
“Qual não é o nosso espanto quando consultamos o dito plano e não vemos esta obra considerada para investimento até 2020”, frisam, realçando que “hoje, de IC, apenas tem o nome, pois é incompreensível os limites de velocidade existentes e a inexistência de zonas de ultrapassagem, constrangimentos relevantes ao normal fluxo, para não falar da exagerada e continuada acção de fiscalização por parte das forças policiais”.
ORLANDO CARDOSO