A saúde mental é a base do bem-estar geral e é um direito humano básico para todas as pessoas, sendo fundamental valorizá-la. A promoção da saúde mental está presente desde o início da vida, repercutindo-se na adaptação e na satisfação com que se cresce e na capacidade de resolver as dificuldades existentes.
Com o objetivo de combater o preconceito existente, o estigma e promover o conhecimento sobre saúde mental, a Federação Mundial da Saúde Mental (World Federation for Mental Health) criou, em 1992, o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data que se assinala anualmente a 10 de outubro (SNS 24).
Este dia tem como objetivo centrar a atenção pública na Saúde Mental global, como uma causa comum a todos os povos, para além de limites nacionais, culturais, políticos ou socioeconómicos (Ordem dos Enfermeiros, s.d.).
Entende-se por “saúde mental”:
- ter a capacidade de adaptação a novas circunstâncias de vida/mudanças;
- superar crises e resolver perdas afetivas e conflitos emocionais;
- reconhecer limites e sinais de mal-estar;
- ter sentido crítico e de realidade, mas também humor, criatividade e capacidade de sonhar;
- estabelecer relações satisfatórias com outros membros da comunidade;
- ter projetos de vida e, sobretudo, descobrir um sentido para a vida (SNS 24).
Segundo a Lei 36/98, de 24 de julho de 1998, a proteção da saúde mental efetiva-se através de medidas que contribuam para assegurar ou restabelecer o equilíbrio psíquico dos indivíduos, para favorecer o desenvolvimento das capacidades envolvidas na construção da personalidade e para promover a sua integração crítica no meio social em que vive
Todas as pessoas, quem quer que sejam e onde quer que estejam, têm direito a:
- ser protegido contra riscos de saúde mental,
- ter cuidados de saúde disponíveis, acessíveis, aceitáveis e de boa qualidade;
- ter o direito à liberdade, independência e inclusão na comunidade (OMS, 2023).
Em Portugal as perturbações mentais comuns são uma das principais causas de incapacidade para a atividade produtiva. Deste modo, podemos afirmar que é cada vez mais importante reconhecer a importância de atuar a prevenção e na promoção da saúde mental, existindo a necessidade de haver mais profissionais para dar resposta a todas as procuras de ajuda por parte da população.
A saúde mental não pode ser tabu. Assim, se existir sofrimento emocional e a relação com os seus familiares e amigos não for suficiente para os resolver, peça ajuda a profissionais de saúde.
Sinais de alerta: Isolamento, alienação, apatia, preocupação, medo e tristeza, cansaço, ansiedade e agressividade.
Cláudia Escaroupa | Enfermeira em Ensino Clinico da Especialidade de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica na UCC Pombal| Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Sara Pires | Enfermeira em Ensino Clínico da Especialidade de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica na UCC Pombal | Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Carla Marques & Marina Pereira |Enfermeiras Especialistas de Saúde Mental e Psiquiatria | UCC Pombal
Fontes:
https://www.sns.gov.pt/noticias/2022/10/10/dia-mundial-da-saude-mental-10/
https://saudemental.min-saude.pt/saude-mental-sinais-de-alerta/ – sinais de alerta
Lei nº 36/98 de 24 de julho. Diário da República, nº 169- 24/07/1998, I Série A. Assembleia da República. Lisboa, Portugal.