O Dia Mundial da Diabetes é assinalado a 14 de novembro pelo facto de ser o dia de aniversário do responsável pela descoberta da insulina em 1922. Temos vindo a assistir a um aumento preocupante de novos casos de diabetes a nível mundial e, portanto, este dia serve também para consciencializar a população sobre a doença e a importância da sua prevenção.
A Federação Internacional da Diabetes estima que 425 milhões de pessoas tem diabetes e que cerca de metade desconhece o diagnóstico.
A diabetes é uma doença crónica e progressiva e que está diretamente relacionada com elevados custos sociais e dos sistemas de saúde. Em Portugal são diagnosticados diariamente cerca de 200 novos doentes com diabetes.
Os principais sintomas desta doença passam por ter que urinar frequentemente (poliúria), ter sede excessiva (polidipsia) e muita fome (polifagia), cansaço, feridas que demoram a cicatrizar, entre outros. As complicações associadas à diabetes podem surgir a curto ou a longo prazo: a curto prazo podem surgir complicações relativamente simples, como sejam, a hipoglicémia (valores baixos de açúcar no sangue) e/ou a hiperglicemia (valores elevados de açúcar no sangue); a longo prazo poderão surgir complicações mais graves que as anteriores, como sejam doenças do sistema nervoso, designadas por neuropatias, problemas de visão que rapidamente conduzem a cegueira total, doenças do coração; falência renal; derrames cerebrais e alterações da circulação sanguínea que muitas vezes conduzem a amputações inevitáveis.
Neste sentido, e de forma a contribuir para a prevenção desta doença e das suas complicações, aqui ficam algumas estratégias:
Controlo rigoroso dos valores de açúcar (glicémia) e gordura (colesterol e triglicéridos) no sangue, bem como da tensão arterial;
Vigilância dos órgãos mais sensíveis como a retina (olho), rim, coração e nervos periféricos;
Bons hábitos alimentares (Por exemplo, diminuir o consumo de gorduras saturadas, açúcar e sal);
Prática de exercício físico (Por exemplo, cerca de 30 minutos de exercício físico moderado de 2 em 2 dias);
Não fumar, pois agrava as complicações ao nível da circulação sanguínea;
Cuidar da higiene e vigilância dos pés, antecipando problemas futuros.
Artigo elaborado por,
Marco Gonçalves
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra