O presidente da Câmara de Pombal está a preparar uma comunicação, a enviar aos órgãos de soberania, manifestando a sua preocupação com um eventual encerramento dos estabelecimentos de ensino particular do concelho, face a uma alegada redução dos contratos de associação. Diogo Mateus, que partilhou de “voz alta” a sua preocupação com a vereação, durante a última reunião camarária, considerou que aquele cenário representaria um “retrocesso” no do desenvolvimento dos territórios.
O assunto foi abordado no momento em que o executivo apreciava a proposta da rede de transportes escolares para o próximo ano lectivo. O autarca social-democrata disse, em determinado momento, que estaria a preparar “uma comunicação para enviar ao Presidente da República, à Assembleia da República e ao Governo”, dando conta para a “dimensão das consequências para o território”, perante um alegado encerramento dos “colégios”, com contrato de associação, existentes no concelho.
Em causa está o Externato Liceal de Albergaria dos Doze, o Instituto D. João V (Louriçal), o Colégio João de Barros (Meirinhas) e o Colégio Cidade Roda (Redinha).
Até porque, de acordo com Diogo Mateus, “as escolas públicas não têm capacidade de acolhimento de todos os alunos” que frequentam aquelas escolas privadas. Por outro lado, o edil considera que será “ingrato para o nosso desenvolvimento e um retrocesso”, referindo que “a Assembleia Municipal deve dedicar alguma atenção” ao tema, adiantando: “temos espaço para aprovar uma moção”.
A opinião de Diogo Mateus foi contestada por Anabela Neves, vereadora eleita pelo movimento Narciso Mota Pombal Humano, dando o exemplo do Agrupamento de Escolas da Guia, onde é dirigente. “A escola da Guia tem estruturas físicas e tem recursos humanos para poder comportar mais alunos”, disse. Mais tarde, a vereadora esclareceu que estava “a falar com conhecimento de causa” frisando: “sou a favor da escola privada e que continuem a funcionar”.
O presidente da Câmara reforçou a sua opinião, referindo que, no concelho de Pombal, existem mais alunos a frequentar os estabelecimentos de ensino privados que as escolas públicas, afirmando que a sua preocupação se refere a um todo território.