A colocação de um elevador na sede da Junta de Freguesia de Vila Cã foi a grande promessa eleitoral de Ana Tenente, num investimento que foi agora aprovado pela assembleia, mas com duas abstenções.
Na última reunião de assembleia, a 8 de Abril, o executivo da Junta de Vila Cã apresentou uma proposta para colocação de elevador no edifício sede, num investimento que ronda os 20 mil euros, e que poderá vir a ser apoiado, tanto pelo Município de Pombal como pela Caixa de Crédito Agrícola. Neste último caso, prende-se com o facto de também o banco passar a ser servido pelo mesmo elevador.
A decisão relativa a este investimento prende-se com questões de mobilidade da população mais velha, na qual têm sido notadas muitas dificuldades para subir ao primeiro piso, onde são prestados os serviços da autarquia. “Achamos que é um bem essencial para a nossa freguesia”, justificou Ana Tenente, presidente da junta, acrescentando que “temos de dar o exemplo em termos de acessibilidades”.
Foi ainda dada nota da exclusão da possibilidade de se optar por uma cadeira, uma vez que a informação técnica dava conta da falta de dimensão da escada para que pudesse ser feita adaptação, além de que seria um investimento com valores semelhantes aos do elevador.
Na votação, João Antunes dos Santos e Patrícia Lopes optaram pela abstenção. “Eu não tomaria esta opção”, frisou João Santos, que, “sem pôr em causa as dificuldades que as pessoas idosas têm”, considera que antes de fazer este “investimento avultado”, deveria fazer-se uma reflexão sobre “o que queremos para este edifício e para o centro da freguesia”. Já Patrícia Lopes defendeu que este investimento poderia ser rentabilizado de outra forma, nomeadamente ao levar os serviços junto das pessoas. “Para muitos, a dificuldade é não é subir as escadas, é mesmo vir até à sede”, afirmou.
Em defesa da medida, Jorge Silva, presidente da mesa da assembleia, afirmou que “basta que o elevador sirva um freguês de Vila Cã, que já se justifica esta compra”.
O investimento irá mesmo ser feito, aguardando-se a decisão do banco e da câmara quanto ao apoio que poderá vir a ser concedido. Além da aquisição e colocação do elevador, este terá custos de manutenção de 40 euros mensais.
Cemitério e coreto “nas mãos” do presidente
Uma das questões colocadas pela assembleia, por Fernando Jorge, eleito pelo PSD, foi relativa à solução para o problema de superlotação do cemitério de Vila Cã. Admitindo que a junta terá feito algumas negociações, “neste momento, o assunto está a ser tratado directamente com o presidente da Câmara Municipal”, afiançou Ana Tenente, que já anteriormente havia dado conta das tentativas de chegar a acordo para compra do terreno adjacente ao actual cemitério, a fim de se proceder à ampliação.
Colocando achas na fogueira, Jorge Silva deu conta da sua posição quanto ao assunto do cemitério. “Eu defendo que não seja ampliado, mas que seja construído noutro local”, afirmou, considerando que a ampliação seria um mau cartão-de-visita para a freguesia. Nesse sentido, sugeriu que a população fosse ouvida e que “a Assembleia de Freguesia de Vila Cã deve marcar posição, porque é a vontade da população”.
De qualquer forma, o assunto não foi desenvolvido, ficando a aguardar novas informações por parte Câmara Municipal. Também as obras no coreto e zona envolvente, aprovadas na reunião de Dezembro, passaram para a alçada da câmara, uma vez que o valor da obra é elevado, ascendendo a 40 mil euros.
ANA DE JESUS
Notícia publicada na Edição n.º54, de 16 de Abril