O TAP – Teatro Amador de Pombal começa o ano com a organização de mais um Encontro de Teatro. A iniciativa decorre ao longo do fim-de-semana, no Teatro-Cine de Pombal, e faz-se com três peças teatrais, encenadas por três companhias diferentes. A entrada é livre nos três espectáculos, sendo o espectador a definir o preço do bilhete, consoante as suas expectativas e possibilidades. Tudo por uma boa causa, a aquisição de uma carrinha por parte do grupo de teatro pombalense, que ficou recentemente sem meio de transporte.
O Encontro de Teatro abre esta sexta-feira, dia 10, às 21h30, com a companhia 1 Nó, que apresenta “Cordão”. Segundo se lê na sinopse do espectáculo, a peça “mergulha na luta e na beleza da vida rural e nas raízes de um povo, tecendo uma narrativa poética e musical sobre a importância da ligação entre a terra, a comunidade e a vida num mundo cada vez mais urbano e desconectado. “Cordão” representa a resiliência e o espírito comunitário de um povo que, apesar das adversidades, mantém firme os fios que ligam à sua essência”. Fruto de uma criação colectiva, tem interpretações de Mara Correia e Tiago Pires, com música ao vivo de Vítor Hugo Ribeiro.
No sábado, também às 21h30, pode ver “O Colar de Helena”, pelo Teatro Apollo. Aborda, de uma forma metafórica, o confronto de culturas e identidades entre duas civilizações distintas. “Helena, uma ocidental, encontra-se numa cidade do Médio Oriente destruída pela guerra, a fim de participar num congresso. A dada altura descobre que perdeu um colar de pequeno valor, ao qual, no entanto, se afeiçoara bastante. A busca deste colar, na qual será guiada pelo seu taxista, Nabil, revelar-lhe-á a condição daqueles que, mais do que um colar, perderam o seu lugar na Terra”.
Para finalizar o Encontro, o Teatro-Cine recebe, no domingo, às 16h30, a peça “O Rei Laudamuco, Senhor de Nenhures”, da Companhia GATERC. “Laudamuco, Senhor de Nenhures, quer ser uma tentativa de análise das estruturas de poder e das suas bases essenciais, feita não só do ponto de vista de quem o detém, mas, sobretudo, de quem o mantém. O seu fiel servo Rouco tenta consolá-lo pela perda iminente do seu reino e da sua vida, interpretando as várias autoridades: Magistrado, Sumo Pontífice e Marechal, que abandonaram o rei à sua sorte. Nesse sentido, o texto aborda, como uma das características dessas relações de poder, as conotações mítico-religiosas em que está envolvido e os supostos valores morais”.