“Estrada de Beirute” é apresentado hoje na Guia

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“Estrada de Beirute – Uma Saga Familiar Moçambicana” é o livro de Gabriel Mithá Ribeiro que é apresentado hoje à noite, cerca das 21h30, na biblioteca do edifício-sede do Agrupamento de Escolas da Guia. A apresentação da obra será feita pela professora Isabel Maria Simões Oliveira e pelo próprio autor.

Natural de Moçambique, mas a residir em Portugal, Gabriel Mithá Ribeiro tem fortes ligações à Guia, onde a esposa tem as raízes familiares. Desde finais da década de 90 que realiza pesquisas de campo em diversos locais de Moçambique, “para estudar o pensamento de senso comum numa perspectiva que cruza a história, a sociologia e alguns contributos da psicologia social e do pensamento freudiano”, a apresentação do autor que acompanha o livro, editado pela Ideia-Fixa.

Além disso, Gabriel Mithá Ribeiro é também professor, investigador do CIEP, o Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, e assina uma coluna de opinião no jornal digital Observador, na qualidade de convidado.

Sobre a obra, a primeira de cariz ficcional do autor, pode ler-se na sinopse:

“Estrada de Beirute é uma viagem no tempo e no espaço protagonizada por um jovem português, Manuel Rodrigues, que vai descentrando a narrativa de si mesmo ao partir em busca das suas raízes familiares que remontam ao século XIX. Espoletado pela morte da sua avó islâmica em Portugal, acaba por viajar por Moçambique. Nesse trajecto, Manuel Rodrigues confronta-se progressivamente com um longuíssimo percurso de migrações e miscigenações que, ao mesmo tempo, fragmentam e enriquecem a sua relação consigo mesmo e com o mundo. Paradoxalmente simples e complexo, o enredo sustenta-se, por um lado, num jogo constante entre o presente e o passado, entre a Europa, a África e o Índico e, por outro lado, numa saga familiar que reequaciona o sentido do império colonial português. O resultado é uma obra original e desafiadora que reinventa o olhar sobre o tempo histórico e o papel de cada um de nós, pessoas comuns, nessa eterna (re)construção”.