Seja por prazer ou competição, o ciclismo é actualmente uma das modalidades que mais praticantes congrega, quer na vertente de estrada quer na versão BTT. Não há números oficiais, porque a maior parte dos adeptos fá-lo com espírito estritamente amador, mas a verdade é que as estradas municipais, caminhos serranos e florestais do concelho são palco constante de gente que faz desta a modalidade de eleição.
Deste grupo alargado de praticantes fazem parte os mentores do evento marcado para o próximo dia 10 de Junho. Assume-se como “Os Castigos do Marquês” e promete oferecer uma experiência inédita na região aos amantes do ciclismo de estrada, alicerçada num conceito que é mais do que um passeio de cicloturismo mas que também está longe de ser uma prova com carácter competitivo. O resultado é, talvez, “o melhor dos dois mundos”, explica Fernando Mota, antigo ciclista profissional e treinador, e um dos impulsionadores da iniciativa. A ideia, nascida no seio de um pequeno grupo de amigos, é oferecer às centenas de adeptos da região a possibilidade de descobrirem as potencialidades do concelho para esta prática. “Temos muito BTT, muito trail, mas ciclismo de estrada não há nada do género aqui, com excepção dos passeios do Clube de Cicloturismo. Digamos que algo com mais ‘pimenta’ não há”, evidencia. Atendendo a essa realidade, “o meu objectivo e dos meus colegas foi tentarmos promover aquilo que Pombal tem de diferente”, sem descurar que o território “tem uma rede de estradas secundárias municipais relativamente bem cuidadas, sem muito trânsito, e que são extremamente atractivas para quem anda de bicicleta”, adianta Fernando Mota. Além disso, acrescenta o antigo director desportivo da equipa da Bicicó, clube que dá suporte legal ao evento, “não temos grandes montanhas, ou grandes rectas, mas temos um conjunto de subidas de pequena dimensão que, associadas entre si, podem criar um evento com uma dinâmica diferente”.
A esta realidade também não é alheia a existência daquilo que Fernando Mota define como “duas das mais atractivas subidas, em termos de ciclismo de estrada de média dimensão, no patamar de algumas do ciclismo nacional, e que não têm a projecção que merecem ter: a subida da Senhora da Estrela e a subida do Calvário, na zona do Jagardo”. Características que, na sua opinião, fazem com que integrem o palmarés “das melhores subidas que temos em Portugal, dentro deste género”, isto é, “relativamente curtas, com dois ou três quilómetros, mas que no seu conjunto podem ser atractivas”, nota.
No dia do evento, “há uma janela de partida e, nesse período, vais e fazes o percurso, que está todo marcado, ainda que disponibilizemos também o percurso em formato digital”, revela aquele responsável. E para que todos tirem o melhor partido destas condições, “não há classificações”, ainda que a contagem de tempos seja feita. “O objectivo é ires ao teu ritmo, com o teu grupo, e desfrutares. Depois, tens aquela ‘pimenta’ em que há três ou quatro subidas que são cronometradas, e esse tempo, somado, é depois atribuído a cada um dos participantes”.
O evento integra o calendário da Federação Portuguesa de Ciclismo, como ciclodesportiva.
As inscrições podem ser feitas através do link:
lap2go.com/pt/event/castigos-marques-2018/inscricao.html. Para aqueles que queiram ir acompanhando as novidades podem fazê-lo na página de facebook do evento.
Estão disponíveis três percursos: 130km, 90km e 45km