Nota 6 – Costa, o absolutista: Para os mais distraídos importa recordar que o atual governo resulta de uma maioria minoritária do parlamento, ou seja, os deputados socialistas são efetivamente os que estão em maior número, mas não somam metade, mais um, dos deputados. Pelo que matematicamente é fácil entender que a vontade socialista, isolada, não chega para impedir uma vontade conjunta de todas as oposições. No assunto relacionado com a aprovação pelo parlamento (contra a vontade do governo e da bancada do PS) do diploma dos apoios sociais, que veio a ser promulgado pelo Presidente da República, Costa está mais uma vez a saborear o próprio veneno. Costa é que em 2015 escolheu governar com o apoio das esquerdas radicais, pelo que é a estes que deve exigir disciplina e lealdade, já que foi com estes que voltou a contar em 2019 para lhe garantirem a governabilidade. Cada vez que os seus parceiros de esquerda lhe falham, de nada lhe serve queixar-se da direita ou do Presidente da República, porque não foram estes que se comprometeram a viabilizar a governação socialista. É evidente que a seis meses das eleições autárquicas já começam as tentativas de afastamento do Bloco de Esquerda e da CDU do governo, uma vez que estes parceiros se preocupam em primeiro com os seus interesses partidários, em segundo com a unidade da frente de esquerda, anti-direita, e, só depois, com o país. É óbvio que estas zangas à esquerda nunca vão passar de episódios teatrais, uma vez que nem bloquistas nem comunistas têm interesse em eleições antecipadas, porque nada lhes garante que terão melhor representação parlamentar do que aquela que têm ao dia de hoje, portanto, é tudo para “português ver”. Apesar de tudo isto, não ficava mal a António Costa dar sinais de alguma humildade democrática e comportar-se como aquilo que realmente é: líder de um governo minoritário. Um governo cujo poder emana do parlamento, e que não tem maioria neste, deve procurar estabelecer pontos de entendimento, acordos e consensos. É caso para pensar: se sem maioria se comporta desta forma, como se comportaria se tivesse maioria absoluta?
Nota 17 – Sensei Rui Diz: O coordenador do Karaté do Núcleo de Desporto Amador de Pombal, Rui Diz, enquanto selecionador nacional de Kumite Sénior, representou Portugal no “Olympic Test Event” no Luxemburgo, tendo a seleção nacional conquistado três medalhas, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze e, ainda, um quarto lugar. Um feito que nos deve orgulhar, enquanto pombalenses, e que nos deve continuar a motivar para apostar na prática desportiva no nosso concelho, nas várias modalidades.
Nota 18 – Filarmónica Artística Pombalense (FAP): A FAP conquistou a Medalha de Ouro e o Primeiro Prémio no “International Music Moscow Competition 2021”, realizado na Rússia. O júri internacional apreciou 160 concorrentes de 26 países, atribuindo à FAP a classificação de 97%, que resultou na atribuição da Medalha de Ouro e do Primeiro Prémio. Este é um justo reconhecimento pelo trabalho que a FAP e todas as Filarmónicas do concelho têm levado a cabo ao longo dos anos, conjugando o talento e entrega dos seus músicos com a dinâmica dos seus dirigentes. Com a qualidade dos músicos que temos no nosso concelho, temos condições e capacidade para continuar a potenciar a dimensão musical e cultural da nossa “Terra do Marquês”.
João Antunes dos Santos, Advogado,
Deputado Municipal PSD e Presidente JSD Distrital Leiria
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