Nota 8 – Passes sociais: O governo anunciou os novos passes sociais das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, que representam um inequívoco contributo para a mobilidade urbana nos dois principais centros urbanos do país. Representam também uma medida social interessante para os beneficiários dos mesmos, já que trazem consigo uma significativa redução do preço médio dos passes, até então utilizados. O governo veio reclamar a paternidade da medida, porém o tema não é de agora, nem é um exclusivo da frente de esquerda governativa. O Presidente de Câmara de Cascais (PSD) já há muito defendia tal medida e foi notório o apoio que o edil Social Democrata de Mafra colocou ao associar-se ao lançamento do passe social. Ora, não duvidando do benefício que os novos passes sociais trazem aos seus utilizadores, não deixa de ser censurável que numa altura em que tanto de se fala do interior, da coesão territorial, de descentralização, (até) de regionalização, da desertificação de grande parte do país, do aumento constante das assimetrias entre regiões, vilas e cidades, que se invista milhões de todos os portugueses para beneficiar somente os portugueses dos grandes centros urbanos! A medida é meritória para quem vai beneficiar dela, mas é um atentado no que respeita à coesão e ao equilíbrio territorial. Era fundamental que associada a uma medida destas surgissem medidas de compensação para o resto do território, no que aos transportes e mobilidade respeita. É incompreensível que tenhamos uma ferrovia obsoleta, vilas e aldeias que nem a carreira veem passar (quanto mais o comboio), e depois se invistam milhões a favorecer o centralismo. Já para não falar da sustentabilidade da medida, porque eu sou daqueles que beneficiou do chamado passe “Sub23”, obra do Eng. Sócrates, que ficámos a saber, aquando da vinda da Troika, que se cifrava num dos muitos “buracos” do Metropolitano de Lisboa. Não questionando, obviamente, o timing (eleitoral) da medida…
Nota 16 – 5.º Trail Running Pombal_Sicó: Já vai na 5.ª edição o Trail organizado pelo Município de Pombal e pela Ass. Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal, cujas receitas revertem para esta. À quinta edição atingiu-se mais um record, mais de 1100 inscritos. Também este ano o Trail Longo entrou no campeonato distrital de atletismo, o que significa que o “nosso” Trail já começa a ser uma referência no contexto regional e no mundo do atletismo. É este o caminho: mais visibilidade, mais marketing, mais afirmação e a generosidade de sempre dos pombalenses, dos que participam e das dezenas que voluntariamente apoiam na organização.
Nota 17 – Associação Mozvision: Uma associação pombalense, que ainda há pouco tempo dava os primeiros passos, e que tendo como fim social a ajuda humanitária, se mobilizou para ajudar Moçambique após a passagem do ciclone IDAI. Em poucos dias mobilizou o concelho de Pombal e fez chegar a Moçambique mais de 5 toneladas dos mais variados bens. Merecem uma palavra de reconhecimento e de motivação!
João Antunes dos Santos, Advogado, Deputado Municipal PSD
joao@antunesdossantos.pt