Nota 6 – Novo governo, velhos hábitos: Ficámos a conhecer o novo governo e percebemos que é um governo à socialista, o maior de sempre! Há ministérios e secretarias de estado para todos, sem se perceber o que traz isso de bom ao país. Como é que no espaço de oito anos conseguimos ter duas realidades tão diferentes – o governo mais pequeno de sempre, em 2011, com Passos Coelho, e o maior de sempre, em 2019, com António Costa. Este é um governo (a prazo?!) fortemente partidarizado, que tem como principal objetivo, a preparação para as eleições autárquicas de 2021. Quanto ao programa de governo, uma pequena nota de reflexão: não tem uma única medica objetiva e concreta de combate à corrupção. Prioridades…
Nota 9 – Executivo Municipal: Aos olhos dos munícipes o executivo municipal representa a administração máxima do concelho, ou seja, quem tem a obrigação de diariamente conduzir os destinos de Pombal, com os reflexos que isso traz às vidas quotidianas de cada cidadão. Dum órgão com esta importância e com esta dimensão sociopolítica, espera-se que haja estabilidade, união, coesão, motivação para fazer cada vez mais e melhor, capacidade de mobilização, visão e estratégia para o presente e para o futuro… Exige-se que seja uma equipa na verdadeira aceção da palavra! A retirada de pelouros por parte do presidente a um vereador da maioria (eleito pelo povo pela lista do partido mais votado) não contribuiu para a estabilidade que se exige ao órgão, nem se percebe em que medida pode ter contribuído para a melhoria do funcionamento da câmara municipal, ou mesmo, para a melhoria do concelho. Isto porque até à data ainda não existiu uma explicação verdadeiramente pertinente para uma decisão, que sendo legítima no âmbito legal, é questionável no plano político. Percebemos já que a estabilidade municipal estará à partida assegurada, uma vez que o vereador, mesmo sem pelouros, continua a entender que o projeto político do PSD é o melhor para o concelho, e que os pombalenses não merecem ser prejudicados por esta decisão unilateral. Mas, desde o início deste mandato que se percebeu que as reuniões de câmara seriam uma emoção constante, veja-se a última, em que a vereadora do PS e o presidente se embrenharam numa entusiasmante discussão em torno do direito de oposição e cumprimento do mesmo (formal e/ou material?!). Apesar de tudo os pombalenses continuam a acreditar que do executivo municipal, desde a maioria às minorias ali representadas, ainda sairão boas ideias para desenvolver o território e melhorar a vida das pessoas. É nisso que se devem focar nos últimos dois anos de mandato.
Nota 15 – Luís Montenegro: Já deu provas da fibra que é feito, enquanto líder parlamentar do PSD no período mais difícil da governação de que há memória (ao contrário de Rui Rio que nesse período andava mais interessado em criticar Passos Coelho e em promover uma candidatura à Câmara Municipal do Porto, contra o PSD). Luís Montenegro quer um PSD grande, convidando mais militantes e cidadãos a entrar no partido e participar ativamente (ao contrário de Rui Rio que convidou militantes a sair do partido, para ter um PSD à sua maneira). Luís Montenegro será um líder próximo das bases do partido (ao contrário de Rui Rio que nunca teve tempo para vir às concelhias ou até mesmo às distritais). Luís Montenegro quer um PSD ganhador e virado para o futuro (Rui Rio cheira a passado, e é responsável por duas desonrosas e humilhantes derrotas do PSD, nas últimas eleições europeias e legislativas).
João Antunes dos Santos, Advogado, Deputado Municipal PSD
joao@antunesdossantos.pt