Fernando Dias é Enfermeiro Especialista na Consulta Externa de Pediatria do Hospital Distrital de Pombal e, no passado dia 16, lançou um livro de poesia. “Só o silêncio me faz existir” foi apresentado na Biblioteca Municipal de Pombal, num serão muito participado.
A apresentação ficou a cargo da sobrinha, Flávia Sanches Dias, e, a seu lado, o enfermeiro fez questão de ter a sua professora da escola primária, Marília Martins.
Fernando Dias diz que ainda não tem o distanciamento suficiente para falar muito sobre o livro, mas explicou o porquê do título. “Sou uma pessoa com alguma timidez e o silêncio é realmente o que me faz existir. O silêncio isola-me do mundo e é nele que posso construir o meu pensamento”, referiu. Já sobre o porquê de um enfermeiro também escrever, diz que “a enfermagem é um campo de emoções de quem somos os guardiões: das nossas e das dos outros. Damos o primeiro colo mas também o último olhar. Fonte de inspiração não me falta”.
Desde sempre apaixonado pela leitura, a escrita surgiu numa fase mais tardia, como resposta, também terapêutica, às inquietações sempre presentes no seu pensamento sobre o sentido transcendente da existência humana. Fernando Dias garante que o importante é passar uma mensagem e que escreve sobre as suas experiências. “O que percepciono no outro e não o que ele viveu”, descreve. O autor confessou que a poesia lhe sai espontaneamente e que tem um romance “em rascunho”, mas que escrever um romance é mais difícil. Isto porque “é fácil criar um enredo, mas é complicado solucionar os problemas que nós próprios criámos”.
Durante a sessão foram declamados alguns dos poemas que constam do livro, que foram acompanhados pela guitarra de Paulo Alexandre Silva.