Partilhar experiências, quer pessoais, quer profissionais, será uma obrigação ética, no pressuposto de que poderá ser positivo para quem tem a paciência de nos ler. E, será consensual admitir que uma experiência de mais de 40 anos a trabalhar com empresas, permitirá acumular conhecimentos e modos de fazer diversos, não só nos aspetos económico, financeiro e de gestão, mas também ético, social e humano.
Devemos, então, começar por esclarecer que consideramos o capital humano como o ativo mais importante das empresas. Não só porque as máquinas, incluindo os computadores, não trabalham sozinhas, mas especialmente porque a capacidade de inovar, criar e inventar são, em exclusivo, inerentes ao género humano. Por isso, importa privilegiar a competência, conjugar a formação e aprofundar a motivação, para um desempenho profissional de excelência que permitirá obter excelentes resultados empresariais em todas as áreas. Esta filosofia de gestão, terá que ser um elemento fundamental na cultura da empresa, indispensável para o sucesso de qualquer projecto empresarial, quer seja industrial, comercial, agrícola ou na área dos serviços.
Independentemente de outros modos que, ao longo do ano podem ser postos em prática, as Festas de Natal das empresas e outras instituições têm um papel importante na prossecução dos objetivos atrás referidos, cimentando o gosto e o orgulho que, frequentemente, ouvimos referir por se trabalhar em determinada empresa.
Estas Festas de Natal têm, regra geral, diversas naturezas, de acordo com a sensibilidade e o modo de gerir e estar no mundo empresarial dos responsáveis pela gestão. Podem ser só para os empregados, da empresa ou do grupo de empresas, incluindo animação musical, prémios ao pessoal por antiguidade ou por mérito (num caso, era eleito, por todos os colegas, o “empregado do ano”, em votação secreta, com um prémio simbólico, mas que servia de motivação adicional numa concorrência positiva para um bom desempenho). O convívio pessoal e profissional entre colegas, muitas vezes dispersos geograficamente e que comunicam telefónica ou informaticamente ao longo do ano é extremamente salutar e positivo, permitindo uma melhoria do desempenho no ano seguinte.
Noutros casos, as Festas de Natal abrangem a família, filhos incluídos, com distribuição de brinquedos aos mais novos, feito por um Pai Natal de ocasião, perfeitamente inserido no espírito festivo da quadra. Porque o objetivo é idêntico: reforçar o espírito de grupo, aprofundar a “família empresarial”, porque, na verdade, passamos mais tempo na empresa durante a semana, do que com a família, pelo que inclui-la nestas Festas, servirá também para compensar as “faltas” a que a atividade profissional obriga.
Estou convicto de que, para as empresas, não se trata de uma despesa, mas antes de um investimento. Porque reforça o gosto de lá trabalhar, aumenta a motivação, tem uma influência direta na produtividade, com vantagens evidentes para a empresa e para os seus trabalhadores.
Com mais ou menos Festas de Natal ou outras, desejamos a todos os prezados leitores Boas Festas e um Ano Novo cheio de felicidades e, também, de facilidades, a caminho de uma existência tranquila, sem problemas e com muita saúde.