Descrever o trabalho de Michel Mendes num jornal é como tentar explicar Os Maias num tweet, o timbre da voz do Berg a um surdo ou as cores aos daltónicos. O tradicional suporte de papel não permite transpor toda a riqueza dos conteúdos multimédia que produz, mas começaria por recordar o que já vimos em filmes de ficção: quem não se lembra das fotografias com movimento, que apareciam nos jornais lidos por Harry Potter? Surpreendente, não? Contudo, o director de multimédia da Ez-Team vai mais longe: como reagiria se pudesse afugentar os pombos que figuram numa fotografia? É desse nível de interactividade que estamos a falar.
Os amigos apelidam-no de mágico ou de mestre e nem ele sabe o que responder quando o questionam sobre o que faz: “É um eterno problema. Quando me perguntam, nunca sei o que é mais correcto. Programador?”. A verdade é que usa todos os recursos multimédia disponíveis, todas as técnicas mais avançadas, recorre a investigadores históricos e a técnicas forenses para criar algo de novo. O resultado é sempre um trabalho “terrivelmente visual”, segundo o próprio. Michel Mendes é o director multimédia da Ez-Team, cujo trabalho pode ser visto.
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