A gerência da Farmácia Ribeiro Correia, na Pelariga, justifica o encerramento do estabelecimento devido à falta de colaboração por parte da Junta de Freguesia e Câmara de Pombal. “Foi pedida colaboração no sentido de se manterem os serviços farmacêuticos na Pelariga, mas não foi obtida qualquer ajuda por parte destas entidades”, refere.
A empresa refere que aquelas entidades deram “parecer para continuar a prestação do serviço mesmo com prejuízo”, mas lamentavelmente, após autorização por parte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que regula a actividade, teve de encerrar a farmácia em meados de Março.
A gerência recorda que, “há cerca de 25 anos”, o então presidente da Junta de Freguesia solicitou à Farmácia Torres & Correia, de Pombal, para “abrir um posto de venda de medicamentos” naquela freguesia. “Pedido esse que com grande esforço”, a referida farmácia conseguiu obter a respectiva autorização por parte Infarmed. Por sua vez, “há cerca de dez anos o posto de venda de medicamentos foi transformado em farmácia, continuando a servir da mesmíssima e da melhor maneira possível a população daquela freguesia”, esclarece.
Contudo, em declarações ao nosso jornal, considera que devido à crise económica no país, que obrigou à intervenção da “troika”, “todos os sectores de actividade económica e como tal também as farmácias começaram a ter problemas financeiros”. “Durante estes últimos tempos a farmácia na Pelariga só conseguiu manter-se porque a Farmácia Torres & Correia a financiava, tendo acumulado prejuízos avultados”, frisa.
“Lamentamos pessoal e profissionalmente que esta situação tenha tido tal desfecho, especialmente durante esta pandemia. Desfecho este que tentámos evitar e atrasar de todas as maneiras possíveis, embora sem efeito, algo que apenas o desejo de servir o bem-estar dos nossos utentes e da população da Pelariga nos tenha mantido de pé e em funcionamento durante estes últimos anos, muito pelo contrário do que possa parecer”, considera.
A gerência frisa que irá “mais além, e atrevemo-nos a dizer que se outros estivessem na nossa posição a farmácia da Pelariga, muito provavelmente, não teria servido a população durante 25 anos”.
*Notícia publicada na edição impressa de 30 de Abril