Nuno Oliveira
Conseguir no disco de estreia vencer votações para melhor álbum nacional do ano em publicações como o Blitz, o Público ou o Expresso, não está ao alcance de qualquer um, ou neste caso… uma. Mas Gisela João fez tudo isso e, por certo, terá uma loga carreira pela frente que lhe dará azo a brilhar muito mais. O público pombalense (e dos arredores) tem esta semana oportunidade única de ouvir a fadista num cenário fantástico e, ainda por cima, sem pagar bilhete. O concerto no Castelo de Pombal, este sábado, é de entrada livre e o monumento deve receber uma pequena enchente. Depois não diga que não o avisei.
Nas últimas semanas, a morte levou consigo duas estrelas cinematográficas: Lauren Bacall e Robin Williams. Confesso que, apesar de gostar de alguns dos seus filmes, nunca fui muito à bola com o segundo. Sempre o achei demasiado exagerado na comédia, à semelhança do que acontece com Jim Carrey, e um pouco forçado no drama. Não deixa contudo de ser irónico que, pronto a estrear em Portugal em Outubro, esteja um filme de Williams com o título “Aproveita a Vida Henry Altmann”, no qual ao actor é transmitido que tem apenas 90 minutos de vida pela frente. Entre os filmes em que participou, destaco a interpretação em “Bom dia Vietname”, o homem desfocado de “As Faces de Harry” ou um esquecido “Para Além do Horizonte”, além d’”O Clube dos Poetas Mortos”, “O Rei Pescador” e “O Bom Rebelde”. Quanto a Lauren Bacall, apesar de não ser uma presença muito assídua no grande ecrã, trabalhou quase até à morte. Estreou-se pela mão de Howard Hawks em “Ter ou Não Ter” e logo aí conquistou o coração de Humphrey Bogart, com quem contracenou. Foi também com ele, e novamente pela mão de Hawks, que protagonizou aquele que é talvez o meu filme preferido dela, “À Beira do Abismo”, de 1946. Ao lado de Marilyn Monroe e Betty Grable entrou na comédia “Como se Conquista um Milionário” e já na fase final de carreira fez aparições em dois filmes de Lars von Trier, “Dogville” e “Manderlay”.