O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria, que integra os hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça, apresentou o seu pedido de demissão à ministra da Saúde. Hélder Roque, que ocupa o lugar desde 2005, considera que “o CHL vive momentos bastante difíceis e de bastante saturação.”
Numa comunicação enviada a todos os colaboradores da instituição de saúde, o médico refere-se à “dimensão” que o Centro Hospitalar atingiu, reconhecida “pela organização e qualidade dos serviços, pelas valências implementadas, pela optimização da relação custo/ benefício”.
“A tutela não foi parca em elogios ao trabalho que a nossa Instituição desenvolveu”, frisa, afirmando, no entanto, que “foi parca em meios. “Não há condições para colmatar as necessidades mínimas em pessoal, não há meios para investimento. As medidas de contenção, acabam por só permitir a libertação de meios para que os mais gastadores paguem as suas dívidas”, refere.
Hélder Roque diz ter-se batido “incessantemente pela obtenção de mais meios para a nossa instituição. Os que lhe são indispensáveis a, pelo menos, sustentar-se equilibradamente na sua actual dimensão e continuar a sonhar com a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população.”
Depois de referir que ao longo dos últimos anos solicitou a sua saída por duas vezes, deram-lhe “expectativas quanto à resolução de diversos dos problemas do CHL. Por duas vezes recuei expectante.”
Contudo, considera que hoje, não tem dúvidas, de que a sua saída do cargo de presidente do Conselho de Administração do CHL, “enquanto protesto, é o melhor contributo que posso prestar à continuação do sonho, que creio a todos comum: reforçar a dimensão do CHL como instituição de referência regional, sustentando-o em meios humanos e equipamento.”