Decorreram hoje, dia 4 de Fevereiro, as eleições para a assembleia legislativa da Região Autónoma dos Açores com vitória por maioria relativa da coligação formada pelo PSD/CDS-PP/PPM, que elegeu 26 deputados de um total de 56 mandatos elegíveis, contrariando desta forma algumas sondagens que foram publicadas nos últimos dias.
Com este resultado, o presidente do governo regional será reconduzido, devendo procurar junto dos outros partidos o entendimento necessário para a aprovação do seu programa e do seu orçamento, não sendo de todo obrigatório que procure uma maioria governativa permanente. Em simultâneo, estamos em período de preparação das eleições legislativas, as listas de deputados já foram entregues e em breve começará a habitual correria das diversas forças políticas na tentativa de convencer os indecisos ou de conseguir alterar algumas intenções de voto menos sólidas.
Nos últimos 20 anos foi o PS que governou o nosso País, parte dos quais com maioria absoluta, com um interregno nesse super-mandato de cerca de quatro anos e meio para uma governação PSD/CDS-PP muitíssimo condicionada pela presença da Troika e o seu programa de ajustamento financeiro a que todos fomos sujeitos.
O PS deixou de governar por culpa própria, não por causa de um parágrafo qualquer, caiu de podre, com um líder desgastado, rodeado de ministros incompetentes.
Curioso que um desses ministros seja agora líder do partido e possível PM. Pedro Nuno Santos tem tentado demarcar-se dessa governação, afirmando que fará muita coisa diferente.
Todos os que não se revêm na governação socialista, que deixa um País envelhecido, despovoado e em grande parte abandonado, têm como principal objetivo derrotar essa força política nas próximas legislativas e eleger um governo que consiga colocar Portugal numa rota de crescimento económico constante e sustentado, efetuando para isso as reformas estruturais necessárias em áreas como a Saúde, a Educação, a Justiça e a Fiscalidade, revertendo, se necessário, algumas das asneiras cometidas nos últimos anos.
Neste atual quadro politico, a AD afirma se como a única alternativa estável, capaz e credível, onde a presença do CDS-PP lhe deve conferir um pendor mais humanista e uma maior atenção à Família, às Tradições, à Agricultura e ao Mundo rural.
A inclusão no governo de partidos extremistas, de esquerda ou de direita, com um discurso por vezes radical, populista e inconsequente, torna as políticas inconstantes e instáveis, prejudicando o desenvolvimento do País. O exemplo da geringonça formada com o BE e a CDU em 2015, que aprovou medidas prejudiciais para todos, como sejam o fim de algumas parcerias público privadas na saúde ou a não renovação dos contratos de associa ção com as escolas privadas, deve estar bem presente.
Perante um cenário de governo com maioria relativa, será obrigação de toda a oposição aprovar o programa e orça mentos de quem tiver ganho as eleições, mostrando responsabilidade e tentando incluir algumas das suas propostas com acordos de incidência parlamentar.
Dia 10 de Março vamos recuperar a esperança, elegendo a Aliança Democrática como novo governo da República para um mandato que durará o tempo que os Portugueses quiserem e que os deputados eleitos deixarem.
Viva o CDS-PP
Viva a AD
Telmo Lopes
Presidente da concelhia do CDS-PP de Pombal
*Artigo de opinião publicado na edição impressa de 8 de Fevereiro