HIC ET NUNC | Garantir a pluralidade

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As eleições são o momento mais simbólico da democracia mas infelizmente, o único momento em que alguns cidadãos nela participam. A somar a esta realidade, alguns milhares,  não sabemos quantos,  nunca votaram, em qualquer dos actos eleitorais disponíveis, presidenciais, legislativas e autárquicas.
As eleições autárquicas são, para mim, as mais importantes da nossa democracia pela sua proximidade e pela  influência que a ação dos órgãos eleitos tem na nossa vida quotidiana. Nelas votamos em pessoas que conhecemos com maior ou menor profundidade,  com as quais podemos conversar e que se juntam em listas eleitorais, com um programa e uma estratégia, que podemos analisar.
Recentemente, o recém eleito líder do PSD Pombalense e deputado da nação eleito em listas da AD, definiu como objetivo para as próximas eleições autárquicas, vencer em todos os órgãos, Câmara Municipal,  Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. O líder laranja não o refere,  mas eu presumo, que o pretendido será obter a vitória com maioria em todas as frentes. Se for esse o resultado, onde está a pluralidade, a melhoria de ideias,  a alternativa?!?
Durante os últimos anos a concelhia do CDS-PP tem sido muito atenta ao desempenho dos diversos poderes, com especial foco no executivo de Pedro Pimpão,  cuja ação determina de forma decisiva tudo o que se faz em cada uma das freguesias. Muitas vezes colaborámos, entregando as nossas sugestões, após o estudo pormenorizado de um determinado dossier.
Esta semana, estamos a analisar detalhadamente o projecto do parque verde previsto para Pombal.  Esta obra, anunciada como prioritária pelo Município e supostamente muito desejada pelos Pombalenses,  é  já apontada como a principal obra deste executivo, numa fase em que nem saiu do papel e realisticamente nem sairá até ao final do presente mandato.
Esperamos que o projecto que venha a avançar seja muito mais equilibrado do que o esboço atual faz prever. Sem pressas, com muita ponderação e principalmente com atenção aos custos da obra e aos meios necessários,  financeiros e humanos, para a sua manutenção. As sugestões que vamos entregar até dia 18 deste mês, data em que termina a consulta pública,  serão nesse sentido.
Queimar milhões de euros em requalificações urbanas ou em parques verdes urbanos, em sedes de freguesia rurais onde tanto falta, é despropositado e um desperdício de recursos. Como exemplo entre muitos posso dar-vos a situação da junta de freguesia de Vila Cã a qual tem um projecto de requalificação do Largo do Freixo de 1.100.000€ e um projecto para um parque verde de 730.000€. Infelizmente, não é só em festas que se tem gasto dinheiro em demasia no nosso concelho. Na nossa perspectiva é possível fazer melhor, gastando menos e de forma mais adequada.
Estamos a reforçar a nossa equipa em cada uma das freguesias do concelho para eleger o maior número possível de autarcas, contribuindo assim para que no próximo mandato não existam maiorias de um só partido. A ambição de cada uma das listas dependerá da sua constituição, da envolvência específica de cada freguesia e naturalmente da valia das outras listas a sufrágio.
O próximo ano será de muito trabalho e dedicação à causa pública na construção de alternativas credíveis e robustas  para que cada Pombalense, quando chegar à urna, tenha mais um quadrado onde colocar a sua cruz.
Em Outubro de 2025, o eleitor terá como alternativa votar no CDS-PP!

Telmo Lopes
Presidente concelhia de Pombal do CDS-PP

 

*Artigo de opinião publicado na edição impressa de 17 de Outubro